Falsa médica presa durante consulta em SP paga fiança de R$ 50 mil e é liberada

falsa médica são paulo
Mulher usava CRM profissional verdadeira para exercer a profissão (Reprodução)

Marcela de Castro Gouveia, a “falsa médica” que foi flagrada usando o carimbo de uma otorrinolaringologista e nutróloga, pagou R$ 50 mil de fiança e foi solta. Ela disse aos policiais de Perdizes, na Zona Oeste de São Paulo, que tem uma renda entre R$ 20 mil e R$ 30 mil.

Sem formação na área, a mulher foi presa nessa terça-feira (30). Segundo informações do g1, Marcela tem o mesmo nome e sobrenome de uma médica verdadeira e usava o CRM da profissional para pedir exames e receitar remédios.

Ela acabou detida por falsidade ideológica e exercício ilegal da medicina após a médica de verdade receber uma denúncia pela internet. Na mensagem, uma paciente que descobriu a farsa em uma pesquisa informou sobre o crime.

A polícia contou ao g1 que a médica verdadeira agendou uma consulta para uma amiga, que foi ao local acompanhada de um agente. A falsa médica passou uma receita assinada e carimbada, ocorrendo então a prisão em flagrante.

Conhecimento na área da estética

Em consulta ao Conselho Regional de Farmácia, de acordo com a reportagem, existe um registro ativo no nome dela “com requisitos legais para atuar em saúde estética”. O delegado responsável acredita que ela tenha se aproveitado desse conhecimento para utilizar o carimbo de medicina.

A defesa da falsa médica disse à Justiça que ela “encontra-se em tratamento psiquiátrico e psicoterapêutico há 4 anos por quadro de transtorno misto de ansiedade e depressão”. No momento da prisão, teria tido uma crise de choro e pânico.

Ainda segundo o delegado, a mulher se aproveitava da fama nas redes sociais, onde se apresentava como especialista em medicina estética. Não há mais informações sobre o período em que ela atendeu ou se algum dos pacientes chegou a ser prejudicado.

Mesmo em liberdade, Marcela terá que comparecer em juízo mensalmente para justificar suas atividades. Além disso, não pode se ausentar da cidade por mais de oito dias sem comunicação prévia.

Edição: Giovanna Fávero
Nicole Vasques[email protected]

Jornalista formada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), escreve para o BHAZ desde 2021. Participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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