Falsos garotos de programa são presos por extorquir homens casados

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Dois homens foram presos no Distrito Federal suspeitos de se passarem por garotos de programa e atores pornô para extorquir vítimas (PCDF/Divulgação)

Dois homens, de 22 e 27 anos, foram presos temporariamente no Distrito Federal nesta quinta-feira (13) suspeitos de se passarem por garotos de programa e atores pornô para extorquir vítimas. Segundo a Polícia Civil, os suspeitos utilizavam sites que ofereciam serviços de acompanhantes, voltados ao público LGBTQI+, para localizar possíveis vítimas e, em seguida, chantageá-las.

Conforme apurado pelas autoridades, os criminosos moram em São Paulo e faziam anúncios fakes em sites de garotos de programa de cidades espalhadas pelo Brasil. Eles tinham o intuito, com isso, de identificar pessoas que poderiam ser vítimas de seus golpes.

Inicialmente, a vítima entrava em contato com os autores por meio do WhatsApp. Durante a conversa, os autores ganhavam a confiança da vítima e levantavam informações pessoais para extorqui-la.

Além disso, os autores trocavam fotos íntimas com as vítimas para ter material guardado e disponível para chantageá-las posteriormente. As investigações ainda apontaram que os criminosos visavam pessoas com certo poder aquisitivo e que fossem casados.

Vítimas em BH e outras 6 cidades

Ainda segundo a Polícia Civil, os autores se revezavam em extorquir as vítimas e exigir delas transferências bancárias entre R$ 3 mil e R$ 10 mil. Eles exigiam o dinheiro como contrapartida para não expor a vítima a familiares, especialmente esposas e companheiras, chefes e pessoas próximas.

Os anúncios eram publicados em sites de garotos de programa e acessados em várias regiões do país. No período em que foram investigados, eles fizeram vítimas em Belo Horizonte, Macaé, Rio de Janeiro, Florianópolis, São Paulo, Maringá e Brasília.

No Distrito Federal, a dupla se apresentava como atores pornô cariocas em anúncios digitais, publicados em pelo menos cinco sites, direcionados ao público LGBTQI+. Os presos responderão pelos crimes de extorsão, podendo ser condenados a uma pena de até 15 anos para cada vítima identificada.

Com PCDF

Edição: Roberth Costa
Larissa Reis[email protected]

Graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Vencedora do 13° Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog. Também participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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