Uma das filhas do piloto Geraldo Martins de Medeiros, de 56 anos, disse que vai processar a Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais). O pai de Vitória Medeiros transportava a cantora Marília Mendonça para um show que seria realizado no estado mineiro. A aeronave caiu e antes disso atingiu uma torre de distribuição. Todos os ocupantes morreram no acidente ocorrido em 5 de novembro.
Vitória fez uma postagem nas redes sociais, nessa quarta-feira (17), anunciando a decisão tomada. “Sobre este processo, só tenho uma coisa a falar: se tivesse esta sinalização tudo poderia ser diferente. Isso vai ser importante para proteger a vida de outras pessoas”, falou nos stories do Instagram.
Após o acidente que matou a cantora sertaneja e mais quatro pessoas, a Cemig confirmou que o avião bimotor atingiu um cabo de torre de distribuição. Em nota enviada ao BHAZ (leia abaixo na íntegra), a companhia esclareceu que as normas foram cumpridas.
“A Linha de Distribuição atingida pela aeronave prefixo PT-ONJ está fora da zona de proteção do Aeródormo de Caratinga, nos termos de Portaria específica do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), do Comando da Aeronáutica Brasileiro”, disse em trecho da nota.
Sinalização
A Cemig ainda informou que a estrutura não está sinalizada com esferas na cor laranja, pois ela é exigida apenas “para torres em situações específicas, entre elas estar dentro de uma zona de proteção de aeródromos, o que não é o caso da torre que teve seu cabo atingido”.
“A Companhia mais uma vez lamenta esse trágico acidente e se solidariza com parentes e amigos”, concluiu alegando que somente as investigações vão esclarecer as causas do acidente.
Apoio
Ainda nas redes sociais, Vitória agradeceu o carinho recebido desde o trágico acidente. “Muita gente veio me dar apoio e tá sendo incrível. Tem mensagem de ódio, mas entendo que estas pessoas não têm empatia. Desejo luz e cura para elas. Tá sendo muito bom este apoio. Neste processo tá sendo muito importante ter vocês”.
Nota da Cemig
“A Cemig esclarece que a Linha de Distribuição atingida pela aeronave prefixo PT-ONJ, no trágico acidente do dia 5 de novembro, está fora da zona de proteção do Aeródromo de Caratinga, nos termos de Portaria específica do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), do Comando da Aeronáutica Brasileiro (como mostra imagem já divulgada pela Cemig).
Reiteramos que a Cemig segue rigorosamente as Normas Técnicas Brasileiras e a regulamentação em vigor em todos os seus projetos.
A sinalização por meio de esferas na cor laranja é exigida para torres em situações específicas, entre elas estar dentro de uma zona de proteção de aeródromos, o que não é o caso da torre que teve seu cabo atingido.
As investigações das autoridades competentes irão esclarecer as causas do acidente. A Companhia mais uma vez lamenta esse trágico acidente e se solidariza com parentes e amigos das vítimas”.
