Gato pode ter provocado explosão em restaurante Coco Bambu, no Piauí

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Um felino foi flagrado por câmeras de segurança vagando na cozinha momentos antes do acidente (Polícia Civil/Divulgação)

Um gato pode ter provocado o vazamento de gás que terminou com a explosão de dois restaurantes do grupo Coco Bambu em Teresina, no Piauí, em dezembro do ano passado. Laudo pericial divulgado pela Polícia Civil nesta quinta-feira (9) revela que um felino foi flagrado por câmeras de segurança vagando na cozinha momentos antes do acidente.

“Nas dependências da cozinha pelas imagens do CFTV, estava presente no local um animal doméstico de estimação, um gato, que transitava pela cozinha em vários pontos e em horário compatível com o momento em que o vigilante sente o vazamento de gás. O felino possuía porte e tamanho compatível para um possível acionamento acidental de equipamento ou em outro caso até mesmo retirada de mangueira de acoplamento”, diz um trecho do laudo.

Segundo a perícia, o horário em que o felino é visto nas imagens é compatível com o momento em que um vigilante diz ter escutado um barulho vindo da cozinha e, posteriormente, o cheiro de gás. A polícia reforça que o animal não pertencia ao restaurante e que “sua presença no local era desconhecida”.

Imagens de segurança mostram gato caminhando pela cozinha (Polícia Civil/Divulgação)

Ação humana contribuiu com o acidente

Logo que sentiu o odor, outro funcionário, um auxiliar de manutenção, acionou um exaustor presente na cozinha, mas o interruptor acabou causou uma faísca, que teria terminado na explosão. O homem sofreu algumas queimaduras e chegou a ficar inconsciente.

Momentos depois ele acordou e gritou por socorro no estacionamento do restaurante. Diante dos fatos, o laudo da Polícia Civil pontuou dois fatos de ação humana que podem ter ocasionado o acidente.

“No caso do vigilante, esse necessariamente, pelo fato de trabalhar em um restaurante, deveria ter o conhecimento/capacitação mínima para noções de segurança e ação em casos de vazamento de gás e incêndio”, diz o documento.

“No caso do auxiliar de manutenção, apesar de ter a ação correta de fechar o registro, este tem a ação equivocada de acionar o interruptor dos exautores o que causou a centelha de ignição”, pontuou a perícia técnica.

Grupo emite nota

Os restaurantes Vasto e Coco Bambu, que pertencem ao mesmo grupo, foram atingidos por uma explosão no dia 21 de dezembro. A estrutura dos estabelecimentos ficou completamente comprometida após o ocorrido e lojas vizinhas também foram danificadas e tiveram que ser fechadas.

Em nota enviada ao g1, o grupo informou ter tomado conhecimento sobre o laudo pericial emitido pela Polícia Civil do Piauí.

“O desfecho do laudo apresenta três hipóteses de causa, mas conclui que não será possível determinar o que efetivamente causou o vazamento. Importante destacar que, em quaisquer dos casos, é possível confirmar que, de fato, houve um acidente”, informou a empresa.

“O Coco Bambu e o Vasto vão se reerguer e esperam reinaugurar, em breve, as operações. Voltaremos a levar o melhor da gastronomia para mesa do Piauiense”, acrescentou.

Restaurantes foram destruídos pela explosão (Polícia Civil/Divulgação)
Edição: Roberth Costa
Larissa Reis[email protected]

Graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Vencedora do 13° Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog. Também participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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