Ilana Kalil, esposa do ginecologista Renato Kalil, é encontrada morta em São Paulo

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A nutricionista Ilana Kalil, esposa do ginecologista Renato Kalil, foi encontrada morta nesta segunda-feira (14) em sua casa em São Paulo (Reprodução/Redes sociais)

A nutricionista Ilana Kalil, esposa do ginecologista Renato Kalil, foi encontrada morta nesta segunda-feira (14) em sua casa em São Paulo. A informação foi confirmada ao BHAZ pela Secretaria de Segurança Pública do estado. Em dezembro do ano passado, Renato foi acusado de cometer violência obstétrica pela influenciadora Shantal Verdelho (veja aqui).

Informações preliminares dão conta de que Ilana tirou a própria vida. Ela tinha 40 anos e deixa duas filhas. Em nota, o SSP disse que “o caso foi registrado como suicídio e outras informações serão preservadas”. Especialistas alertam para a necessidade de identificar os sinais para que casos como esse possam ser evitados.

“O julgamento, a moralidade e as críticas representam abandono para pessoas depressivas. É necessário acolher e ter escuta atenta a essas pessoas para que haja possibilidade de tratamento. Não é só falar, é realmente estar junto e procurar tratamento”, disse o psicólogo e psicanalista mineiro Eduardo Lucas Andrade, em reportagem especial feita pelo BHAZ.

“Muitas pessoas não buscam por receio, por medo, muitas não conseguem falar sobre e outras evitam justamente para não lidar com o olhar preconceituoso do outro. Não tem isso de ‘doença de rico’, de estar com o ‘diabo no corpo’. Essa postura só ataca o indivíduo e não ajuda em nada”, pondera o especialista.

Prevenção

Ligações para o Centro de Valorização da Vida (CVV), que auxilia na prevenção do suicídio, passaram a ser gratuitas em todo o país em julho do ano passado. Um acordo de cooperação técnica com o Ministério da Saúde, assinado em 2017, permitiu o acesso gratuito ao serviço, prestado pelo telefone 188.

Por meio do número, pessoas que sofrem de ansiedade, depressão ou que correm risco de cometer suicídio conversam com voluntários da instituição e são aconselhados. Antes, o serviço era cobrado e prestado por meio do 141.

A ligação gratuita para o CVV começou a ser implantada em Santa Maria (RS), há quatro anos, após o incêndio na boate Kiss, que matou 242 jovens. O centro existe há 55 anos e tem mais de 2 mil voluntários atuando na prevenção ao suicídio. A assistência também é prestada pessoalmente, por e-mail ou chat.

Edição: Roberth Costa
Larissa Reis[email protected]

Graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Vencedora do 13° Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog. Também participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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