Um menino de 7 anos morreu após ser atingido por uma bala, na noite dessa terça-feira (30), no Rio de Janeiro. Ítalo Augusto estava brincando na porta de casa, quando foi acertada pelo projétil. A criança chegou a ser levada para uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento), mas quando chegou ao local, já estava sem vida.
A PM (Polícia Militar) do Estado relatou à Folha de São Paulo que policiais estavam em um patrulhamento de rotina no bairro em que o menino morava. Segundo a corporação, os agentes foram atacados por disparos de arma de fogo, na Rua Ceci, no bairro Éden, onde Ítalo estava.
Ainda de acordo com a versão da PM-RJ à Folha, os policiais não reagiram aos disparos, apesar da viatura também ter sido atingida pelas balas. Um homem de moto seria o responsável pelos tiros e fugiu do local em seguida. A corporação também garante que os policias presentes apoiaram o socorro, que estava sendo feito pelas pessoas no local.
Por meio de uma publicação nas redes sociais, a irmã de Ítalo lamentou a morte. “Minha vida acabou. Por que Deus levou meu irmão? A vida é muito injusta, ele só tinha 7 anos e partir dessa forma”, escreveu.
‘Barbárie’
O caso de Ítalo Augusto aumenta uma estatística assustadora no Rio de Janeiro. O menino é a sexta criança de até 14 anos a morrer por bala perdida somente no ano de 2020, segundo a ONG Rio de Paz. O número já se aproxima do total registrado para o ano de 2019, quando sete crianças faleceram pelo mesmo motivo.
O primeiro caso registrado pela Organização neste ano foi o de Anna Carolina de Souza Neves, de 8 anos. A garota foi atingida no bairro Belford Roxo, na Baixada Fluminense, em 9 de janeiro. A menina foi baleada na cabeça, enquanto estava no sofá dentro de casa.
Mais recentemente, Kauan Victor, de 11 anos, foi baleado na cabeça, também enquanto brincava na porta de casa, na Maré, zona norte da cidade. Nesse caso, ocorrido em 25 de junho, o menino foi vítima de um disparo acidental de outro menor, durante a brincadeira.
