Ex-primeira-dama Marisa tem morte cerebral confirmada e Lula autoriza doação de órgãos

Marisa Letícia
Marisa Letícia estava internada desde o dia 24 de janeiro (Divulgação/EBC)

A morte cerebral da ex-primeira-dama, Marisa Letícia Lula da Silva, de 66 anos, foi confirmada na manhã desta quinta-feira (2) por volta das 10h30. Ela estava internada no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, desde o dia 24 de janeiro, quando sofreu um acidente vascular cerebral.

O ex-presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, esteve ao lado da esposa desde então. Em uma postagem feita no Facebook, ele agradeceu o apoio e informou que a família já autorizou o início do procedimento de doação dos órgãos.

Segundo a equipe médica que acompanha o caso da ex-primeira-dama, o cérebro da paciente ficou inchado e ela teve diversas ocorrências de vasoespasmos – quando a artéria se fecha e impede o fluxo de sangue.

“A paciente Marisa Letícia Lula da Silva permanece internada na UTI do Hospital Sírio-Libanês. Na manhã de hoje foi realizado Doppler transcraniano, sendo identificada ausência de fluxo cerebral. Diante do resultado, com autorização da família, foram iniciados procedimentos para doação de órgãos”, ressalta o boletim médico divulgado na manhã desta quinta.

Na terça-feira (31), os médicos retiraram Marisa do estado de coma induzido. Entretanto, houve uma piora no quadro, sendo necessário retomar o procedimento antes adotado. Um dia depois, os médicos informaram que o estado de saúde de Marisa era “gravíssimo e irreversível”.

A vida da ex-primeira-dama

Marisa nasceu em 1950 e é natural de São Bernardo do Campo, região metropolitana de São Paulo. Ela se casou aos 21 anos com o taxista Marcos Cláudio da Silva, com quem teve um filho. Porém seu primeiro marido foi assassinado seis meses após a união ser oficializada.

Na década de 1970, Marisa conheceu Lula no Sindicato dos Metalúrgicos. Os dois se casaram e tiveram três filhos: Fábio, Sandro e Luís Cláudio. O ex-presidente também adotou o primeiro filho de Marisa, Marcos Lula.

Na política, Marisa liderou a passeata das mulheres em apoio aos sindicalistas presos no Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) – órgão do governo cujo objetivo era censurar e reprimir movimentos políticos e sociais contrários ao regime militar. Após a ditadura, ela participou da fundação do Partido dos Trabalhadores (PT), confeccionando a primeira bandeira do partido.

Marisa voltou ao cenário político em 2002, quando participou efetivamente da campanha que tornou Lula presidente.

No fim de 2016, Marisa foi alvo de investigação da Operação Lava Jato, acusada de crime de lavagem de dinheiro ao lado do marido. Segundo a denúncia, o casal adquiriu um imóvel com recursos da empreiteira Odebrecht. A Polícia Federal (PF) acreditava que a ex-primeira-dama havia assinado um contrato fictício envolvendo recursos que seriam repassados como propina ao ex-presidente.

Rafael D'Oliveira[email protected]

Repórter do BHAZ desde janeiro de 2017. Formado em Jornalismo e com mais de cinco anos de experiência em coberturas políticas, econômicas e da editoria de Cidades. Pós-graduando em Poder Legislativo e Políticas Públicas na Escola Legislativa.

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