Policial bolsonarista que matou petista vai para prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica

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Jorge Guaranho é acusado de matar Marcelo Arruda (Reprodução/Redes sociais)

O policial bolsonarista Jorge Guaranho, acusado de matar o tesoureiro do PT Marcelo Arruda, deixou o hospital e ficará em prisão domiciliar, com tornozeleira eletrônica.

O juiz Gustavo Germano Francisco Arguello aceitou um pedido da defesa do bolsonarista em função dos cuidados médicos necessários Jorge Guaranho. Segundo a decisão dessa quarta-feira (10), o motivo da prisão domiciliar é a falta de estrutura no sistema prisional para abrigar o preso.

Anteriormente, o juiz havia determinado que, após receber alta, o acusado deveria ser transferido para o Complexo Médico Penal (CMP), em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba (PR). Contudo, a penitenciária informou ontem que não tem estrutura para receber Guaranho.

Sem local adequado para inserir o bolsonarista, o juiz determinou a prisão domiciliar. Segundo a decisão, “sem desprezar a prova da existência do crime e indícios suficientes de autoria e, sequer, a gravidade do suposto delito pelo qual o requerente está sendo processado”.

Absurda ‘incapacidade técnica do Estado’

A autoridade ainda criticou a demora do Estado para informar a falta de condições para abrigar o acusado. “Não bastasse a absurda situação de se constatar a total incapacidade técnica do Estado em cumprir a ordem judicial que decretou a prisão preventiva do réu, tem-se a inacreditável omissão em comunicar tempestivamente a sua inaptidão”.

“Criou-se, com tal demora, uma situação teratológica que estarrece: o réu encontra-se em alta hospitalar (aparentemente desde o início da tarde deste dia), todavia, não está inserido em nenhuma unidade prisional”, relata o juiz.

Vaga em prisão federal

A decisão ainda determina que o acusado seja monitorado via tornozeleira eletrônica e que ele só poderá sair em caso de necessidade médico-hospitalar.

O magistrado também afirmou que o bolsonarista ficará em casa “até que seja possível eventual remanejamento do réu para estabelecimento adequado, ainda que em outro Estado da Federação”.

Por fim, o juiz pede que o Departamento de Polícia Penal do Estado do Paraná (Deppen) seja notificado e peça uma vaga para o acusado no sistema prisional federal.

Vitor Fernandes[email protected]

Sub-editor, no BHAZ desde fevereiro de 2017. Jornalista graduado pela PUC Minas, com experiência em redações de veículos de comunicação. Trabalhou na gestão de redes do interior da Rede Minas e na parte esportiva do Portal UOL. Com reportagens vencedoras nos prêmios CDL (2018, 2019, 2020 e 2022), Sindibel (2019), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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