Prédios que desabaram no Rio estavam interditados; há ao menos dois mortos

Centro de Operações RJ/Divulgação

Os dois prédios que desabaram na manhã desta sexta-feira (12), no Rio de Janeiro, na comunidade da Muzema, na Zona Oeste da cidade, eram construções não autorizadas pelos órgãos municipais. De acordo com a nota emitida pela prefeitura, os edifícios estavam interditados desde novembro de 2018. O prefeito Marcelo Crivella decretou estado de calamidade pública, por causa da chuva que atinge o município desde a noite de segunda-feira (8).

Os desabamentos deixaram pelo menos dois mortos e três feridos. O Corpo de Bombeiros atua no local em busca de outras possíveis vítimas. De acordo com a prefeitura, a zona em que se encontram os prédios que desabaram e as construções vizinhas (que incluem vários edifícios) é uma área de proteção ambiental (APA) que só permite a construção de edificações unifamiliares, ou seja, casas.

A prefeitura diz na nota que, por se tratar de uma área dominada por uma milícia (grupo criminoso que controla territórios de forma armada no Rio), precisa de apoio da Polícia Militar para atuar na área.

A Secretaria Municipal de Saúde informou que uma das vítimas do desabamento dos prédios foi internada no Hospital Municipal Lourenço Jorge com um ferimento no abdômen. A mulher passa por uma cirurgia nesta manhã.

A comunidade da Muzema sofreu bastante com a chuva que atingiu a capital fluminense nesta semana. As vias da região ainda têm muita lama, lixo, entulho e acúmulo de água em alguns pontos. Há também queda de barreiras. A rua da entrada do condomínio Figueira foi destruída pela chuva. Muitos prédios estão em construção na região, que fica no pé do morro. Um dos prédios vizinhos aos que desabaram foram interditados pela Defesa Civil.

Calamidade na capital e atingidos no Estado

Após decretar estado de calamidade pública na quarta-feira (10) à noite, Crivella pediu nessa quintqa (11) parceria do governo federal para recuperar o Rio de Janeiro. “Precisamos cuidar das nossas encostas, ainda há riscos de desabamentos. Hoje de manhã (ontem) estive na [Avenida] Niemeyer, muitas obras lá, mas há muita coisa pra fazer”.

temporal que atingiu o Rio e algumas cidades do interior do Estado no início da semana deixou milhares de desabrigados e desalojados. De acordo com levantamento da Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos do Estado, na cidade do Rio Janeiro 44 famílias ficaram desabrigadas e 28 ficaram desalojadas.

Em Volta Redonda, 511 pessoas tiveram que sair de casa e ir para dois abrigos temporários. Em Barra Mansa, as chuvas prejudicaram 314 pessoas, deixando 91 desalojadas em 38 localidades. Em São Gonçalo, cinco abrigos temporários estão atendendo 315 desabrigados e aproximadamente 900 pessoas desalojadas.

A campanha de doação para as vítimas do temporal já arrecadou 1,3 tonelada de alimentos não-perecíveis e mais de 2,5 mil peças de roupa.

Da Agência Brasil

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