São Paulo confirma dois primeiros casos da variante ômicron no Brasil

albert einstein
A confirmação foi feita por meio do sequenciamento genético realizado no laboratório do Hospital Israelita Albert Einstein (Rovena Rosa/Agência Brasil)

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo confirmou, nesta terça-feira (30), dois casos da nova variante do coronavírus. Esses sãos os primeiros registros da ômicron no Brasil e foram identificados em um casal que desembarcou da África do Sul na última semana.

A confirmação foi feita por meio do sequenciamento genético realizado no laboratório do Hospital Israelita Albert Einstein. A análise também foi submetida ao Instituto Adolfo Lutz, do Governo de São Paulo, que constatou a presença da nova variante.

Os dois casos são de um homem de 41 anos e uma mulher de 37 que testaram positivo em exames de PCR coletado no laboratório do Einstein, instalado no Aeroporto Internacional de Guarulhos. O exame inicial foi feito na última quinta-feira (25) e os dois apresentavam sintomas leves na ocasião.

Após o diagnóstico positivo, o casal foi orientado a permanecer em isolamento domiciliar. Ambos estão sendo monitorados pelas vigilâncias estadual e municipal de São Paulo.

Terceiro caso está sendo investigado

Ainda no Instituto Adolfo Lutz, um terceiro caso da nova variante está sendo submetido ao sequenciamento genético. Se trata de um passageiro que veio da Etiópia e que, mesmo sem apresentar sintomas, fez o teste no aeroporto de Guarulhos por ter visitado a África do Sul.

A confirmação a infecção por Covid-19 foi dada no domingo (28) e ele segue em isolamento desde o desembarque no Brasil. Até o momento, o Governo Federal não exige comprovante de vacinação contra Covid-19 de viajantes estrangeiros para entrada no país.

No último dia 27, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) recomendou a proibição de voos com destino ao Brasil que tenham origem ou passagem pela República da África do Sul, República de Botsuana, Reino de Essuatíni, Reino do Lesoto, República da Namíbia e República do Zimbábue.

De acordo com o documento, os viajantes brasileiros procedentes ou com passagem pelos países citados acima nos últimos 14 dias antes do embarque, ao ingressar no território brasileiro, devem permanecer em quarentena por 14 dias na cidade do seu destino final.

‘Não é uma variante de desespero’

Ontem (29), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que a principal resposta contra a variante Ômicron é a vacinação. “Esse contrato assinado com a farmacêutica Pfizer é a prova cabal da programação do Ministério da Saúde para enfrentar não só essa variante ômicron como as outras que já criaram tanto problema para nós”, afirmou.

Ele disse, ainda, que o cuidado da vigilância em saúde no país segue sendo o mesmo adotado desde o começo da pandemia. “É uma variante de preocupação, mas não é uma variante de desespero porque temos um sistema de saúde capaz de nos dar as respostas no caso de uma variante dessa ter uma letalidade um pouco maior. Ninguém sabe ainda”.

Edição: Giovanna Fávero
Larissa Reis[email protected]

Graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Vencedora do 13° Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog. Também participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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