Sara Winter, ativista bolsonarista do ‘300 do Brasil’, é presa pela PF

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A ativista é líder do grupo “300 do Brasil” (Instagram/Reprodução)

A ativista Sara Winter, líder do grupo bolsonarista “300 do Brasil”, foi presa pela PF (Polícia Federal) em uma operação realizada na manhã desta segunda-feira (15), em Brasília. A prisão da ativista foi confirmada pela página do grupo no Instagram.

De acordo com o G1, a prisão foi autorizada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes, a pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República) no inquérito que apura as manifestações antidemocráticas no país.

Além de Sara Winter, mais cinco pessoas foram presas pela PF. A ativista também é investigada no inquérito que apura a disseminação de notícias falsas e foi alvo de um mandado de busca e apreensão no fim de maio. Nas redes sociais, ela afirmou que itens como o computador e o celular haviam sido confiscados.

Invasão ao Congresso

No sábado (13), Sara divulgou nas redes sociais imagens das tentativas feitas pelo grupo “300 do Brasil” de invadir o Congresso Nacional. De acordo com a Agência Senado, os manifestantes tentaram invadir áreas internas do local.

O presidente do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre (DEM-AP), deu ordens aos seguranças do Senado Federal (Polícia Legislativa) para que retirassem manifestantes do grupo que ocupavam a área externa do prédio, acima dos plenários, onde ficam as cúpulas.

No Twitter, Sara Winter disse que o acampamento em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi “desmantelado”. “Barracas, geradores, tendas, TUDO TOMADO à força! A Militância bolsonarista foi destruída HOJE. PRESIDENTE, REAJA!!!”, escreveu a ativista.

Na noite do sábado, o grupo atirou foguetes em direção ao STF durante um protesto na Praça dos Três Poderes, após a polícia desmontar o acampamento. A Polícia Militar do Distrito Federal explicou que cerca de 30 pessoas, que pertencem ao grupo dos “300”, realizaram um culto na praça e, na sequência atiraram os fogos de artifício.

Além de gritar ameaças à Corte, o grupo também desferiu xingamentos contra o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), que decretou o fechamento da Esplanada dos Ministérios no domingo (14) para evitar aglomerações e por conta de “ameaças declaradas por alguns dos manifestantes”.

‘Exterminar a esquerda’

Na última sexta-feira (12), o BHAZ publicou reportagem (leia aqui) revelando como era o grupo secreto do movimento no Telegram. Nos bastidores, os extremistas liderados por Sara Winter falavam em “treinamento especializado” para “exterminar a esquerda através de ataques estratégicos baseados em ativismo e inteligência”.

A reportagem acompanhou por duas semanas, através de um grupo no aplicativo Telegram, como Sara Winter e seus pares da extrema-direita se organizavam e traçavam as estratégias sustentados por um financiamento que ultrapassou os R$ 80 mil.

Entre outros pontos, os organizadores prometiam tomada de poder, treinamentos com especialistas em revolução e propagavam provocações – “corruptos e esquerdistas nunca antes experimentaram a raiva e a indignação do povo como agora”- a ameaças – “é justamente o que queremos: meter medo, tomar o poder para o povo!”.

Leia a reportagem completa aqui.

Sofia Leão[email protected]

Repórter do BHAZ desde 2019 e graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Participou de reportagens premiadas pelo Prêmio Cláudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados, pela CDL/BH e pelo Prêmio Sebrae de Jornalismo em 2021.

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