Síndrome de Stevens-Johnson: Esposa de Frank Aguiar faz relato após internação por doença rara

Síndrome de Stevens-Johnson
Carol mostrou imagens das feridas em todo o corpo (Reprodução/@caroline.luzaguiar/Instagram)

A esposa do cantor Frank Aguiar, Carol Santos, usou as redes sociais para fazer um relato sobre seus dias internada com a síndrome de Stevens-Johnson. Ela mostrou imagens das feridas em todo o corpo, provocadas pela doença rara de pele.

Nessa segunda-feira (3), além de comemorar o próprio aniversário de 31 anos, Carol também celebrou a recuperação da doença. “Deus, obrigada, obrigada por tudo! Sou o seu milagre e hoje estou comemorando duas vidas”, escreveu no Instagram.

A mulher usou a publicação para agradecer a família, o marido e os profissionais do hospital onde foi tratada. Carol passou dez dias internada na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) por causa da síndrome.

Síndrome de Stevens-Johnson

De acordo com a Faculdade de Medicina da UFMG, a síndrome de Stevens-Johnson é uma doença grave desencadeada, na maioria das vezes, pelo uso de medicações. Em crianças, ela também pode estar associada a infecções ou à vacinação.

A médica Julia Benedetti, da Faculdade de Harvard, explica em artigo do Manual Merck de Diagnóstico e Terapia que a doença, potencialmente fatal, provoca erupção cutânea, descamação da pele e bolhas nas membranas mucosas.

No vídeo publicado no Instagram, Carol Santos mostra as feridas provocadas pela síndrome, que tomaram conta do rosto e do corpo dela.

Marcas
Carol teve o corpo tomado pelas marcas (Reprodução/Instagram)

Além das manifestações na pele, os sintomas da síndrome de Stevens-Johnson também incluem febre e dores pelo corpo. A descamação, sinal mais característico da doença, envolve a camada superior inteira da pele (a epiderme) que, às vezes, descama em camadas de grandes áreas do corpo.

Ainda conforme a médica, cerca de metade dos casos de síndrome de Stevens-Johnson são causados por uma reação a um medicamento. A doença tem mais chance de acometer pessoas com um sistema imunológico fragilizado, como aquelas que já passaram por transplante de medula óssea ou com infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), por exemplo.

Tratamento

Assim que as pessoas com síndrome de Stevens-Johnson são hospitalizadas, todos os medicamentos suspeitos de serem responsáveis pelo distúrbio devem ser suspensos imediatamente. Quando possível, o paciente deve ser tratado em um centro para queimaduras ou na UTI e receber cuidados rigorosos para evitar infecções.

“O uso de medicamentos para tratar esses distúrbios é controverso porque, embora haja motivos teóricos fundamentando a utilidade de certos medicamentos, nenhum deles demonstrou claramente melhorar a sobrevida. Alguns médicos consideram que administrar doses elevadas de corticosteroides nos primeiros dias é benéfico, enquanto outros acreditam que eles não devem ser usados, pois podem aumentar o risco de infecções sérias”, detalha Benedetti no artigo.

Outras opções são a realização de uma plasmaférese, procedimento em que o sangue é retirado e o plasma é separado do sangue e descartado; a administração de imunoglobulina humana intravenosa; e de medicamentos imunossupressores.

Edição: Roberth Costa
Sofia Leão[email protected]

Repórter do BHAZ desde 2019 e graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Participou de reportagens premiadas pelo Prêmio Cláudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados, pela CDL/BH e pelo Prêmio Sebrae de Jornalismo em 2021.

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