UFMG e centros de pesquisa começam testes clínicos de medicamento da Pfizer contra a Covid-19

Faculdade de Medicina da UFMG
Remédio é administrado via oral e já mostrou potencial (Faculdade de Medicina da UFMG/Divulgação)

A Faculdade de Medicina da UFMG e outros centros de pesquisa no Brasil já iniciaram os testes clínicos de um medicamento da Pfizer contra a Covid-19. De acordo com a farmacêutica, o remédio é administrado via oral e já mostrou potencial para ser utilizado contra o vírus.

A pesquisa utiliza a molécula PF-07321332, um antiviral da classe dos inibidores de protease. De acordo com a UFMG, o tratamento é feito com duas doses diárias do composto associado ao antirretroviral ritonavir por cinco dias seguidos.

O ritonavir é usado para aumentar o nível da droga ativa. O acompanhamento dos testes do medicamento contra a Covid-19 terá duração de 24 semanas, com três visitas presenciais no primeiro mês e as demais consultas feitas por telefone.

Fazem parte dos estudos clínicos de Fase 2 e 3, 29 centros de pesquisa. Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro e São Paulo têm instituições que farão os testes. Para participar do estudo é necessário ter mais de 18 anos.

Etapas

A molécula que está sendo estudada foi aprovada na Fase 1, que testa segurança e tolerabilidade em humanos. Considerando os resultados já obtidos, incluindo a fase pré-clínica, com testes in vitro, a Pfizer desenvolve agora três estudos pivotais, randomizados, duplo-cego e controlados por placebo.

Os testes envolvem, portanto, três tipos de pacientes: não vacinados ou vacinados com suspeita e/ou diagnóstico de Covid-19 e com baixo risco de desenvolver doença grave; estudo em pacientes não vacinados com suspeita e/ou diagnóstico de Covid-19 e com alto risco de desenvolver doença grave; e estudo em pessoas não vacinadas cujos contatos domiciliares estão com Covid-19.

Para serem realizados no Brasil, os estudos do medicamento contra a Covid-19 são previamente aprovados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), além dos Comitês de Ética dos centros de pesquisa participantes.

Com Agência Brasil

Edição: Roberth Costa
Sofia Leão[email protected]

Repórter do BHAZ desde 2019 e graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Participou de reportagens premiadas pelo Prêmio Cláudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados, pela CDL/BH e pelo Prêmio Sebrae de Jornalismo em 2021.

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