Uma briga entre as vereadoras Cris Monteiro e Janaína Lima, ambas do Novo, terminou com as duas parlamentares feridas. Tudo aconteceu dentro do banheiro da Câmara Municipal de São Paulo na noite dessa quarta-feira (10). As políticas trocam acusações sobre o ocorrido e tiveram as filiações suspensas. As duas registraram boletim de ocorrência ontem (11).
Pelas redes sociais, as parlamentares se posicionaram sobre o ocorrido. Cada uma delas apresentou uma versão. Uma disse ter sido agredida, enquanto a outra alegou que agiu em legítima defesa. A briga entre as vereadoras começou no plenário da Casa Legislativa enquanto acontecia a votação da Reforma da Previdência e continuou no banheiro.
“Fui agredida por minha colega de bancada. Fui agarrada, jogada no chão e segurada pelo pescoço. Tive minha peruca arrancada e pisoteada. Quando caí no chão do banheiro da Câmara, o barulho foi tão ensurdecedor que a Guarda Civil Municipal teve que arrombar a porta e me resgatar aos prantos no chão”, disse Cris Monteiro.
A vereadora postou imagens que mostram marcas de agressões no pescoço. “O que dói não são somente as unhadas que levei e os hematomas do estrangulamento no meu pescoço. O que dói é a humilhação – arrancar minha peruca e jogá-la no chão”.
A peruca usada pela parlamentar é por conta dela ter alopecia que é uma condição em que ocorre uma repentina perda de cabelo do couro cabeludo. “Minha peruca é minha e ninguém tem o direito de arrancá-la a força. Espero justiça e sigo mais firme do que nunca em meu propósito”, complementou.
‘Me defendi’
Janaína Lima, acusada pela colega de bancada pela agressão, também foi até as redes para se defender. A parlamentar publicou um vídeo onde ela alega ter sido arrastada por Cris Monteiro até o banheiro. No início da gravação, ela aparece indo na direção da escada que leva até a mesa diretora e é abordada por Cris que a segura pelo braço.
“Por este ângulo fica muito claro que eu estava tentando fugir da confusão. Estava pedindo espaço e não fui atendida, pelo contrário, fui segurada pelo braço, empurrada na parede, tive um dedo apontado na minha cara, coagida e seguida de perto por uma pessoa visivelmente fora de controle”, escreveu.
A vereadora argumentou que não agrediu a colega de bancada, mas que foi agredida. “Me defendi. Agi em legítima defesa desde o início. Contra fatos não há argumentos”. Em nota publicada hoje (12), Janaína disse que ela e os familiares ficaram muito abalados diante dos acontecimentos e agradeceu o apoio recebido.
“Se por um lado houve quem julgasse os fatos apenas ouvindo um lado da história, tenho imensa gratidão aos que me apoiaram desde o princípio com mensagens de confiança”.
Suspensão
A repercussão do caso fez o diretório municipal do Novo decidir pela suspensão da filiação das vereadoras envolvidas na confusão. A legenda se manifestou contrária a atos de violência e garantiu tomar providências nas instâncias partidárias.