Desde que chegou ao BBB 21, o participante Lucas Penteado tem dado o que falar. O desentendimento entre ele e a cantora Karol Conká tomou a atenção da internet, com a artista sendo acusada de abuso psicológico contra o rapaz. Hoje, ela pediu desculpas e os dois parecem ter se acertado – embora internautas vejam a nova postura de Karol como falsidade.
Além das confusões com Karol Conká, Lucas também virou assunto por conta do cabelo que conta com algumas falhas. Somente nesta terça-feira (2) mais de 100 mil pesquisas foram feitas no Google a respeito do assunto. E se você ainda não sabe do que se trata, a resposta é alopecia – condição em que há perda repentina de cabelo. Mas, quais são as causas, existe tratamento? Vem ver as respostas.
Ao BHAZ, a dermatologista e vice-presidente da SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia), Gisele Viana, conta que existem vários tipos de alopecia e que as causas também são variadas. “Várias são as causas de alopecia: fatores familiares, que geram a alopecia androgenética ou de padrão feminino ou masculino; stress emocional ou orgânico, que geram a alopecia areata; envelhecimento com a alopecia senil, doenças imunológicas, como o caso do lupus, e infecções virais, como é o caso da Covid”, explica a especialista.
Quedas circulares
No caso do brother Lucas, supõe-se que seja um caso de alopecia areata, já que a queda de cabelos se dá em forma circular. A dermatologista explica que esse tipo de condição pode se espalhar para outras partes do corpo. “Essa forma pode evoluir para áreas extensas de perda de pelos, ou até mesmo afetar todos os pelos do corpo, como nas axilas, genitália, supercílios.”
Na alopecia areata, a pessoa pode perceber a queda de cabelo a qualquer momento mesmo sem ter uma pré-disposição genética, como é o caso da queda de cabelo androgenética. Mas, pessoas com alto nível de stress têm maiores chances de desenvolver a doença.
Cuidados
A médica também reforça que o tratamento para a alopecia areata precisa ser feito com um dermatologista. Ela conta que já atendeu casos de pessoas que consultaram com tricologistas – médico que estuda os fios de cabelo, o couro cabeludo e os pelos -, ou cabelereiros e acabaram perdendo a oportunidade de fazer um tratamento eficaz. “Já atendi pessoas que tomavam injeções, usavam cremes caros como resposta à areata.”
Além disso, outras doenças, como é o caso da sifílis, provocam queda de cabelo, e nesse caso, o tratamento precisa ser feito de outra forma. “É necessário procurar um profissional sério, que tenha a formação certa para isso. As pessoas estão sendo enganadas”, ressalta. Os tratamentos disponíveis para alopecia areata envolvem uso de minoxidil, corticoides e antralina.
“O diagnóstico se faz por meio de exame médico com o dermatologista. Não tem o menor sentido a pessoa buscar tratamentos em salões de beleza e muito menos com esteticistas. Muitas vezes, esses pseudotratamentos agravam o caso, atrasam o diagnóstico e deixam passar diagnósticos muito importantes. Por outro lado, cabeleireiros sérios podem ajudar e muito encaminhando pessoas com alterações no couro cabeludo ao médico dermatologista”, finaliza.
