Youtuber amiga de Bolsonaro fala pela 1ª vez sobre agressão: ‘Teve sim atitude homofóbica’

@gabrielmonteiropm/Instagram/Reprodução + Karol Eller/Facebook/Reprodução

A youtuber Karol Eller concedeu nesta quarta-feira (18) a primeira entrevista após ter sido agredida no domingo (15), no Rio de Janeiro. Ela estava junto da namorada quando foi alvo do homem que a atacou. Famosa no YouTube, a mineira é conhecida por dar declarações contra o movimento LGBT e por ter participado da campanha eleitoral de Bolsonaro.

Karol conversou por meio de mensagens com a reportagem da revista Época. Além de dizer que pensou que iria morrer, a mulher ainda relatou acreditar que a motivação para o ataque foi sim homofóbica, mas fez uma ressalva. “Ele teve sim uma atitude homofóbica. Mas não bateu em mim somente por isso. Tenho certeza que ele faria o mesmo com outra mulher (que não fosse gay) ou até mesmo outro homem”, disse em um áudio.

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A mineira prestou depoimento na 16ª Delegacia de Polícia Civil, na Barra da Tijuca, nesta quarta-feira, e contestou a versão apresentada pelo agressor, que tem 42 anos. “Ele assediou minha namorada. Disse palavras de baixo calão pra mim. Me chamou de sapatão. Me provocou dizendo (repetidas vezes): Você não é homem? Você é muito macho?”, relatou ainda à Época.

“Alguém que quer só se defender, não teria me espancado. Poderia se defender de outras mil formas possíveis. Ele me deu murros na cara, chutou meu rosto. Me deixou desmaiada no chão e fugiu do local do crime”, afirmou.

O homem apontado como autor das agressões também conversou com a reportagem. Ele disse que os dois se agrediram mutuamente e que Karol partiu para cima dele, “drogada”. “Foi uma agressão mútua. Ela veio pra cima de mim, drogada. Sabe que uma pessoa drogada fica muito agressiva? Fica muito mais forte? Ela me agrediu e eu a agredi. Foi isso que aconteceu e nada mais. Não a ofendi com palavras de baixo calão. A tratei com muito respeito”, afirmou Silva, que negou existir uma atitude homofóbica na agressão. “Sou pai de família. Não sou homofóbico, não sou esquerdista”, disse.

A Polícia Civil registrou o caso como lesão corporal e injuria por preconceito e o investiga a partir do entendimento de que houve homofobia no caso. As autoridades requisitaram exames de corpo de delito de todos os envolvidos e faz diligências para tentar localizar imagens de câmeras de segurança, além de testemunhas, que possam auxiliar na investigação.

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