Conceição Evaristo é eleita imortal da Academia Mineira de Letras

Conceição Evaristo ocupará cadeira da Academia Mineira de Letras
Aos 77 anos, Conceição Evaristo passará a ocupar a cadeira 40 da AML (Reprodução/Itaú Social)

A Academia Mineira de Letras (AML) elegeu, nesta quinta-feira (15), a linguista, pesquisadora e escritora afro-brasileira Conceição Evaristo, de 77 anos, como mais nova imortal da instituição. Ficcionista e poeta, Evaristo é um dos mais importantes nomes da literatura brasileira contemporânea, e coleciona obras traduzidas para o inglês, francês, espanhol, árabe, italiano e eslovaco.

Segundo a comissão de apuração, formada pelos acadêmicos Antonieta Cunha, J. D. Vital e Luis Giffoni, a escritora disputou a cadeira de número 40 com outros 5 candidatos e foi eleita com 30 votos, entre 34 votantes. A posição foi fundada por Pinto de Moura e tem como patrono Visconde de Caeté.

Conceição Evaristo ocupa a vaga deixada pela doutora, ensaísta e crítica literária Maria José de Queiroz, falecida em novembro do ano passado.

“A chegada de Conceição Evaristo à Academia Mineira de Letras, a par do reconhecimento de sua trajetória como professora, romancista e poeta, com justiça celebrada no Brasil e no exterior, tem também o sentido de impregnar esta casa com suas qualidades e história de vida, essa prática da literatura por ela denominada escrevivência. Uma vivência, aliás, profundamente marcada por Minas e por Belo Horizonte”, celebrou Jacyntho Lins Brandão, presidente da AML.

Sobre Conceição Evaristo

Ensaísta e docente universitária, Conceição Evaristo, antes de chegar na Academia Mineira de Letras, teve sua primeira publicação lançada em 1990 na série Cadernos Negros, antologia coordenada pelo grupo Quilombhoje, coletivo de escritores afro-brasileiros de São Paulo.

Sua primeira obra individual, “Ponciá Vicêncio” (2003), foi publicada quando a escritora já tinha 57 anos. Na sequência, veio “Becos da Memória” (2006), ambas foram publicadas pela Mazza Edições, sendo seguidas por “Poemas da Recordação e Outros Movimentos” (2008) e “Insubmissas Lágrimas de Mulheres” (2011), ambos pela Editora Nandyala.

Maria da Conceição Evaristo nasceu na favela do Pindura Saia, na região Centro-Sul da capital mineira, em 29 de novembro de 1946, e sintetiza em sua obra a vivência que carrega. Seus trabalhos abrangem uma variedade de gêneros, incluindo poesia, contos, romances e ensaios, muitos dos quais foram traduzidos para várias línguas.

Seus trabalhos mais recentes são “Canção Para Ninar Menino Grande” (Pallas) e “Macabeá: Flor de Mulungu” (Oficina Raquel).

Thiago Cândido[email protected]

Estudante de Jornalismo na Universidade Federal de Minas Gerais. Colunista no programa Agenda da Rede Minas de Televisão. Estagiário do BHAZ desde setembro de 2023.

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