Luz no fim do túnel? PBH garante vacinação nos primeiros meses de 2021

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Kalil garantiu que capital tem toda a estrutura necessária (Moisés Teodoro/BHAZ + Tânia Rêgo/Agência Brasil)

A reta final de 2020 fez aumentar a preocupação com o avanço do coronavírus em BH, mas também trouxe um pouco de esperança. É que a PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) garantiu que deve começar o programa de vacinação contra a doença já nos primeiros meses de 2021. O anúncio foi feito pelo Comitê de Enfrentamento à Covid-19 em entrevista coletiva nesta quarta-feira (30). Na ocasião, o prefeito Alexandre Kalil (PSD) também reforçou que a cidade está completamente preparada.

“Com certeza nós vamos começar ainda nesse primeiro trimestre com o programa de vacinação, disse o infectologista Carlos Starling, membro do Comitê da PBH. O médico ainda pontuou que, apesar do cenário preocupante, é importante manter as esperanças. “A gente gostaria de estar aqui falando que dia vai começar a vacinação ou até já vacinando, mas eu gostaria de transmitir essa mensagem de otimismo”, disse.

Na entrevista, Kalil também foi enfático e garantiu que a capital está preparada para imunizar a população de imediato. “Belo Horizonte está absolutamente preparada no plano de vacinação em todos os aspectos. Desde a logística pronta até as seringas”, disse. O prefeito ainda explicou que a equipe da Secretaria Municipal de Saúde já trabalhava há meses nos protocolos de vacinação. “A única coisa que nós precisamos aqui é a vacina. A logística, as seringas e o plano já estão prontos há meses”, finalizou.

Apelo

Para evitar que a doença faça ainda mais estragos enquanto a vacina não chega, a prefeitura pede, mais uma vez, responsabilidade e colaboração de todos os belo-horizontinos. “Quem quer ver seu ente querido, pai, mãe, avó ou amigo, que se comporte pelo menos uma vez no ano porque a situação é muito grave e nós estamos na praia. A vacina está chegando. Nós estamos na praia depois de nadar tanto. Pelo amor de Deus gente, não vamos morrer na praia”, disse Kalil.

E, no caso de a população não colaborar, o prefeito garantiu que o Executivo municipal também já sabe como vai agir. “Não teremos o menor receio de fechar a cidade. Estamos dando uma semana para que Belo Horizonte abaixe os números, considerando que a cidade esvaziou”, afirmou, citando o prazo estabelecido pela PBH para decidir sobre o futuro da capital. Dentro de uma semana, caso os números não se estabilizem, o futuro é muito claro, conforme Kalil: com exceção dos serviços essenciais e alguns parques onde há pouca circulação, tudo vai fechar (veja detalhes aqui).

“Nos preocupa muito a ocupação [de leitos]. Não teremos o menor receio de fechar a cidade, temos que lembrar que no interior de Minas há explosão de casos, que as praias vão explodir os casos, que o Rio está em vermelho e SP está em vermelho”, afirmou o prefeito reeleito de BH. “Estamos dando uma semana para que Belo Horizonte abaixe os números, considerando que a cidade esvaziou. Se a cidade tá mais vazia, o nível de contaminação caiu, mas o sistema de CTIs se encontra estável”, complementou.

Conforme o boletim mais recente divulgado pela PBH (Prefeitura de Belo Horizonte), hoje, a capital mineira está no vermelho na ocupação de leitos de UTI para Covid: com 79% das opções ocupadas. Quanto aos postos disponíveis para a doença na enfermaria, o índice é amarelo, de 65,3%. “[Não fechar a cidade agora] foi uma das decisões mais difíceis que tomamos durante a pandemia”, admitiu Kalil.

Edição: Thiago Ricci
Giovanna Fávero[email protected]

Editora no BHAZ desde março de 2023, cargo ocupado também em 2021. Antes, foi repórter também no portal. Foi subeditora no jornal Estado de Minas e participou de reportagens premiadas pela CDL/BH e pelo Sebrae. É formada em Jornalismo pela PUC Minas e pós-graduanda em Comunicação Digital e Redes Sociais pela Una.

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