A PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) admitiu nesta sexta-feira (5), logo após anunciar nova flexibilização do comércio (leia aqui), que teme por um explosão de casos na cidade. A gestão reconheceu, ainda, que assume um risco ao liberar novos segmentos e que aproveitou uma “folguinha” no número de leitos disponíveis para tomar tal decisão.
“Um dos motivos que nos levou a limitar esta fase foi o receio da explosão. Estamos com medo. Não sabemos o que vai acontecer. Como temos uma folguinha no número de leitos de UTI e enfermaria – e a velocidade de disseminação do vírus diminuiu na semana passada para esta -, achamos que vale a pena colocar essas pessoas para trabalhar”, afirmou o secretário de Saúde de BH, Jackson Machado.
Segundo o secretário, que também coordena o grupo de trabalho responsável por definir a reabertura gradual do comércio de BH, a cidade possui hoje uma ocupação de 64% dos leitos de UTI e de 49% dos leitos de enfermaria. Por isso, decidiu correr o risco em liberar novos segmentos do comércio.
“São pessoas que estão passando dificuldades. A gente tem esta sensibilidade. Optamos por correr o risco. Ao menor sinal de que vai explodir, podemos voltar atrás”, afirmou.
Gangorra
A PBH adotou medida chamada de “flexibilização intermitente” como estratégia para reativar o comércio da cidade durante a quarentena. A ação funciona como uma gangorra: caso os números de contaminação da capital melhorem, a flexibilização aumenta; se piorar, fecha tudo novamente (leia mais aqui).
Toda sexta-feira, a gestão vai anunciar quais segmentos do comércio poderão abrir na semana seguinte. Em três anúncios, a PBH liberou duas ondas e travou essa flexibilização em uma oportunidade, na sexta-feira passada.
Nova flexibilização
A partir da semana que vem, nova onda de flexibilização entrará em vigor – ao todo, 92% dos empregos da cidade serã reativados, conforme a PBH. Na lista dos segmentos liberados, estão calçados, artigos esportivos, decoração, plantas, tabacaria, dentre outros. Confira a relação:
- Artigos usados
- Artigos esportivos, de camping e afins
- Calçados
- Artigos de viagem
- Artigos de joalheria
- Souvenirs, bijuterias e artesanatos
- Plantas, flores e artigos para animais (exceto comércio de animais vivos)
- Bebidas (sem consumo no local)
- Instrumentos musicais e acessórios
- Objetos de arte e decoração
- Tabacaria, Armamentos, Lubrificantes
Importante ressaltar que todos os comércios liberados anteriormente continuam com a permissão para funcionar. Estão nesse grupo os considerados essenciais, que desde o princípio podem funcionar; e os que compuseram a chamada primeira onda de flexibilização.
Os segmentos dessa primeira onda são:
Os considerados essenciais são:
Reforce a proteção contra o vírus
A SES-MG (Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais) orienta que a população tome algumas medidas de higiene respiratória para evitar a propagação da doença, são elas:
- Lavar as mãos frequentemente com água e sabonete por pelo menos 20 segundos, respeitando os 5 momentos de higienização. Se não houver água e sabonete, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool.
- Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
- Evitar contato próximo com pessoas doentes.
- Ficar em casa quando estiver doente.
- Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo.
- Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência.