Ômicron: Vacina da Pfizer tem apenas 22,5% de eficácia contra nova variante

Vacin Pfizer é somente 22,5% eficaz contra ômicron
Especialistas recomendam concluir esquema vacinal para prevenir agravamento da doença (Banco de Imagens/AP Photo)

Falamos aqui sobre dados preliminares que indicam que a variante ômicron é mais resistente às vacinas contra Covid-19. Agora, um estudo realizado na África do Sul revela que as duas doses do imunizante da Pfizer têm apenas 22,5% de eficácia contra a mutação. De acordo com o laboratório, o esquema vacinal atual segue eficaz para evitar o agravamento da doença.

Segundo a pesquisa, realizada pelo Instituto de Pesquisa e Saúde da África, o nível de anticorpos neutralizantes registrados contra a nova variante foi 41 vezes menor do que os verificados contra o vírus original que surgiu na China no início da pandemia.  A descoberta vai de encontro ao pronunciamento da própria Pfizer, que incentiva a adoção de uma terceira dose do imunizante desde o surgimento da variante ômicron.

Alex Sigal, cientista e chefe do laboratório onde o estudo foi realizado, afirmou que a nova mutação do vírus “compromete essencialmente a capacidade da vacina de proteger contra a infecção”. No entanto, ele ressaltou que o esquema vacinal de duas doses continua a oferecer proteção para que os quadros da doença não evoluam.

Reino Unido registra primeira morte pela ômicron

Nesta segunda-feira (13), o primeiro-ministro britânico Boris Johnson anunciou que um paciente faleceu em decorrência da infecção pela ômicron. É o primeiro caso registrado de morte pela nova variante, em todo o mundo.

O governo do Reino Unido também afirmou que a nova mutação do vírus está se disseminando em um “ritmo fenomenal” e que, atualmente, representa por volta de 40% das infecções em Londres. Na sequência, ressaltou a importância de a população receber uma vacina de reforço, uma vez que já recebeu duas doses e a circulação continua elevada.

Na última sexta-feira (10), a Agência de Segurança em Saúde do Reino Unido revelou que a vacina da AstraZeneca mostrou “queda dramática” na efetividade quando o paciente é exposto à ômicron. Além disso, afirmou que houve uma baixa “significativa” na efetividade do imunizante da Pfizer contra a Covid-19. Assim como outras entidades e pesquisadores, a instituição reforça que os esquemas vacinais existentes evitam quadros graves da infecção pela nova variante do coronavírus.

Edição: Vitor Fernandes
Nicole Vasques[email protected]

Jornalista formada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), escreve para o BHAZ desde 2021. Participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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