Ex-funcionários do Cruzeiro alegam atraso do clube no pagamento de um acordo realizado com seis funcionários demitidos. O desligamento se deu no segundo trimestre deste ano, após a terceirização do setor onde trabalhavam. A falta do dinheiro, aliada ao desemprego, faz com que eles passem por dificuldades. O clube informou que vem trabalhando para regularizar as pendências.
O BHAZ conversou com uma pessoa que trabalhava no Cruzeiro e ela contou a situação enfrentada. “Tem uns três meses que o setor foi fechado e nós fomos mandados embora. Fizeram um acordo de duas parcelas com nós. A primeira foi paga, mas a segunda até agora nada”, disse em anonimato.
A segunda e última parcela deveria ter sido paga em maio, o que ainda não ocorreu. Os ex-funcionários já fizeram contato com o clube mineiro, por meio de ligações e e-mails, mas não sabem o prazo do pagamento. “A gente já fez diversos contatos. A única resposta que temos é: ‘Não há data para o pagamento'”.
Tristeza
A demora em receber os valores acordados deixa o sentimento de “tristeza” nos ex-funcionários. “Demos o nosso melhor enquanto trabalhávamos lá no clube e, agora, não recebemos o que é nosso por direito no prazo correto”, lamentou.
Os ex-funcionários cobram o pagamento do acordo, pois todos eles estão desempregados. “Todos nós ainda não conseguimos um novo emprego, ainda buscamos recolocação. Tem gente que tem filhos e está numa situação ainda mais delicada”.
O grupo ainda não acionou a Justiça, pois aguarda o pagamento do acordo. “Estamos aguardando o retorno do clube, mas ninguém recebeu a segunda parcela”.
Cruzeiro
O BHAZ procurou o Cruzeiro e o clube reconheceu a pendência. Em nota, o clube afirmou que “tem atravessado sua mais grave crise financeira na história, especialmente, graças a gestões que não tiveram o devido cuidado com a saúde financeira”.
“A atual diretoria tem feito todo o esforço possível para quitar pendências e reestruturar a instituição de uma forma saudável e austera”, disse em um dos trechos. O setor fechado pelo Cruzeiro significou, conforme a nota enviada, uma economia de cerca de R$ 1 milhão nos cofres.
“O Clube reconhece que há pendências em acordos feitos, mas está trabalhando para regularizá-los o quanto antes”.
Nota do Cruzeiro
“O Cruzeiro tem atravessado sua mais grave crise financeira na história, especialmente, graças a gestões que não tiveram o devido cuidado com a saúde financeira do Clube.
A atual diretoria tem feito todo o esforço possível para quitar pendências e reestruturar a instituição de uma forma saudável e austera. Dentro dessa política de austeridade, cabe destacar que a terceirização da Central de Atendimento, por exemplo, além de resultar em uma otimização e melhorias dos serviços prestados, significou uma economia de cerca de R$ 1 milhão nos cofres do Cruzeiro.
O Clube reconhece que há pendências em acordos feitos, mas está trabalhando para regularizá-las o quanto antes”.