Neuza Back será 1ª mulher brasileira na arbitragem da Copa do Mundo; Wilton Sampaio e Raphael Claus apitarão jogos

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Pela primeira vez desde 1950, Brasil tem mais de um representante na arbitragem da Copa do Mundo (Bruno Haddad/Cruzeiro + Bruno Cantini/Atlético + Liamara Polli/CBF)

A Fifa anunciou hoje (19) a arbitragem escalada para a Copa do Mundo, que irá ocorrer no Catar entre novembro e dezembro deste ano. O Brasil terá sete representantes, com dois árbitros e cinco auxiliares. Entre os 36 árbitros, estão Raphael Claus e Wilton Pereira Sampaio. Bruno Boschilia, Rodrigo Figueiredo, Bruno Pires e Danilo Simon integram a lista dos 69 assistentes, com destaque para Neuza Inês Back. Ela é a primeira mulher brasileira a integrar uma arbitragem de Copa do Mundo.

Essa é a primeira vez desde a Copa de 1950 que há mais de um árbitro brasileiro no principal torneio mundial de seleções. Em contrapartida, não houve brasileiros convocados entre os 24 integrantes da equipe do árbitro de vídeo, mais conhecido como VAR. Confira aqui a lista completa divulgada pela Fifa.

Quem é Neuza Back

Nascida em Santa Catarina, Neuza Back se mudou para Jundiaí, em São Paulo, buscando mais oportunidades na carreira da arbitragem. Uma curiosidade sobre sua mudança: durante o processo, Back foi acompanhada da paranaense Edina Alves, companheira de profissão.

No futebol masculino, Neuza Back já participou de torneios brasileiros de elite, além dos Jogos Olímpicos de Tóquio no ano passado e do Mundial da Fifa em 2020. Já em competições femininas, ela integrou a equipe da Copa do Mundo de 2019. Em 2021, ela alcançou um feito histórico ao apitar 100 partidas na Série A.

Neuza Back será a primeira árbitra brasileira em Copas do Mundo (Liamara Polli/CBF)

Mulheres na arbitragem

Além de Neuza, outras cinco mulheres integrarão a arbitragem da competição, conforme ressaltou Pierluigi Collina, presidente do Comitê de Arbitragem da Fifa: “Estamos muito felizes que, com Stéphanie Frappart, da França, Salima Mukansanga, de Ruanda, e Yoshimi Yamashita, do Japão, assim como as árbitras assistentes Neuza Back, do Brasil, Karen Díaz Medina, do México, e Kathryn Nesbitt, dos EUA, conseguimos chamar árbitras mulheres pela primeira vez na história de uma Copa do Mundo”.

Segundo Collina, essa iniciativa faz parte de uma trajetória maior. “Isso conclui um longo processo que começou há vários anos com a implantação de árbitras nos torneios masculinos juniores e seniores da Fifa. Desta forma, enfatizamos claramente que é a qualidade que conta para nós e não o gênero”, apresentou.

Collina também exaltou a competência das mulheres que foram convocadas: “Espero que, no futuro, a seleção de árbitras femininas de elite para importantes competições masculinas seja percebida como algo normal e não mais extraordinário. Eles merecem estar na Copa do Mundo da Fifa porque estão sempre em um nível muito alto, e esse é o fator importante para nós”, disse.

Repercussão

Nas redes sociais, a convocação dos brasileiros dividiu opiniões. Enquanto alguns torcedores foram favoráveis à escolha, outros criticaram a presença de Raphael e Wilton na equipe da Copa. “Estar em uma Copa deve ser gratificante para os árbitros”, parabenizou um usuário. “Os piores árbitros escolhidos, que vergonha”, reclamou um usuário. Leia alguns comentários:

Beatriz Kalil Othero[email protected]

Jornalista formada pela UFMG, escreve para o BHAZ desde 2020, e atualmente, é redatora e fotógrafa do Portal. Participou de reportagens premiadas pela CDL/BH em 2021 e 2022, e pela Rede de Rádios Universitárias do Brasil em 2020.

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