Invasores russos destruíram o maior avião de carga do mundo, o Antonov AN-225 Mriya, no aeroporto ucraniano de Hostomel, perto da capital Kiev, neste domingo (27). De acordo com a fabricante de armas Ukroboronprom, a aeronove estava em reparação e consertá-la pode custar um valor superior a 3 bilhões de dólares.
Por meio das redes sociais, a corporação mostrou indignação e afirmou que a Rússia deverá prestar contas com a Ucrânia pela destruição do AN-225 Myria – Sonho em ucraniano. “A nossa tarefa é garantir que estes custos sejam cobertos pela Federação Russa, que causou danos deliberados à aviação ucraniana e ao setor da aviação de mercadorias”, diz a publicação.
O CEO da Ukroboronprom, Yuri Gusev, explica também que os cidadãos ucranianos lutarão por sua terra e suas casas “até o fim vitorioso”. Uma vez que a aeronave estava “estacionada”, não houve tempo para tentar decolar e sair da Ucrânia.
Veja abaixo a publicação, na íntegra:
Por meio das redes sociais, Dmytro Kuleba confirmou a destruição do maior avião do mundo. O ministro das Relações Exteriores ucraniano publicou que “a Rússia nunca será capaz de destruir o nosso sonho de ter um Estado europeu forte, livre e democrático. Nós vamos prevalecer!”, escreveu o líder.
This was the world’s largest aircraft, AN-225 ‘Mriya’ (‘Dream’ in Ukrainian). Russia may have destroyed our ‘Mriya’. But they will never be able to destroy our dream of a strong, free and democratic European state. We shall prevail! pic.twitter.com/TdnBFlj3N8
— Dmytro Kuleba (@DmytroKuleba) February 27, 2022
No Twitter, os internautas apaixonados pela aviação também lamentam o ocorrido e pontuam que o Antonov AN-225 fez parte da história da humanidade. Outros ainda avaliam que o prejuízo será mundial, uma vez que apenas o avião destruído podia transportar certas cargas. Veja abaixo alguns tuítes:
Dia triste para a aviação, para a história da exploração espacial e para a humanidade!!! O avião Antonov AN-225, conhecido como “Mriya” que foi construído para levar nas costas o Buran, foi destruído pelas tropas russas no aeroporto de Hostomel!!! pic.twitter.com/MlVEXBti2a
— Sacani (Space Today) (@SpaceToday1) February 27, 2022
O maior avião do mundo foi destruído pela Rússia na Ucrânia. Um fim inaceitável para essa aeronave histórica e que servia ao mundo levando cargas únicas.
— Erisdan Maciel 🇸🇮 (@macielerisdan) February 27, 2022
Inaceitável! Adeus, Antonov! pic.twitter.com/up9EhwWuCj
Se o Putin destruiu o Antonov AN-225, os spotters pegam em armas. Sério agora: Só existe um único modelo no mundo e isso pode afetar diretamente a economia global. Só ele é capaz de transportar algumas cargas por via aérea. Voltamos 10 casas no jogo da vida, se for verdade 🙁 pic.twitter.com/zNN9ejZt7L
— Lito Sousa (@avioesemusicas) February 24, 2022
Adeus Antonov AN-225! Você sobreviveu a muita coisa, mas não aguentou esta guerra! O maior avião do mundo foi destruído e humanidade vai sentir muita falta dele, pois o que ele levava só ele era capaz de carregar. Deixe seu F em respeito a este gigante que carregava o Buran pic.twitter.com/hCxqNIp5tD
— Pedro Pallotta (@PallottaPedro) February 27, 2022
Ucrânia aceita negociar com Rússia
Após ordem do presidente russo Vladimir Putin para aumentar as forças nucleares, a Ucrânia concordou, neste domingo (27), em fazer uma negociação com a Rússia. O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky disse que concordou em reunir-se com os russos “sem condições prévias”. Lukashenko, aliado de Putin, assumiu a responsabilidade de conter aviões e mísseis durante a conversa.
Segundo o NBC News, Zelensky disse que falou com o presidente da Bielorrússia Alexander Lukashenko e acabou concordando em encontrar com os russos. Inicialmente, a Ucrânia havia rejeitado a ideia de conversar com a Rússia. A negativa da Ucrânia fez com que Putin ordenasse que as forças nucleares estivessem em alerta máximo. Entretanto, Zelensky mudou o tom e aceitou conversar com as autoridades russas na fronteira da Bielorrússia.
O presidente da Ucrânia duvida que a reunião traga resultados, no entanto, disse que comparecerá ao encontro “para que nenhum cidadão da Ucrânia tivesse qualquer dúvida de que eu, como presidente, não tentei parar a guerra quando havia uma pequena chance”.