Mineira é morta nos EUA e assassinos passam por três países durante fuga

Mineira morta nos EUA
Sonho de mineira era recuperar o filho e levar a mãe para os EUA (Ana Braga/ Facebook/ Reprodução)

A PF (Polícia Federal) prendeu no sábado (22) dois homens suspeitos de assassinar a brasileira Ana Paula Braga, de 23 anos, em Los Angeles, nos Estados Unidos. O crime aconteceu no dia 30 de janeiro e a dupla foi detida em Cariacica no Espírito Santos, após uma fuga cinematográfica, que envolveu três países (Estados Unidos, México e Brasil).

A vítima teria sido estrangulada com um fio e corpo teria sido jogado em uma lixeira e ainda não foi localizado pela polícia americana. A moça era de Mateus Leme, na região metropolitana de BH, e trabalhava no país estrangeiro como entregadora de aplicativos e estava desaparecida desde o mês passado.

Ela deixou um filho de quatro anos no país da América do Norte. “Ela foi para os Estados Unidos para a tentar a vida. Ela trabalhou de tudo, inclusive de faxineira. O objetivo era se organizar e levar a mãe. Era o sonho dela”, contou uma amiga, sob a condição de anonimato.

Ainda conforme a amiga, pessoas ligadas a Ana informaram que ela estaria morando com o suspeito. Mas a polícia ainda investiga os detalhes do caso.

Moça foi encontrada com sinais de estrangulamento (Ana Paula/ Facebook/ Reprodução)

Offline

O desaparecimento de Ana foi percebido quando ela parou de fazer postagens no Instagram. “Ela era forte, nada a abalava. Ela fazia todos os tipo de bico como faxina e outros”, acrescentou a amiga.

O filho da moça não morava com ela. “Ele estava com o pai, já que ela não tinha condições de ficar com ele no momento”. Ana foi com o pai do pequeno e com o filho tentar a vida nos Estado Unidos.

Fuga cinematográfica

Conforme a PF, a dupla tratou de sumir logo após o homicídio. Eles colocaram o corpo da vítima dentro de um carro, rodaram por duas horas e o abandonaram em Hot Springs, na Califórnia. Em seguida, eles foram, até o Estado Oklahoma.

Mais tarde, de ônibus, os criminosos seguiram para o Texas. O corpo da moça teria sido descartado em uma lixeira, conforme relato dos suspeitos à polícia. “Não sabemos ainda onde está o corpo dela, se foi encontrado. A polícia americana não terminou a investigação”, acrescentou a amiga.

Depois, eles foram até o México e pegaram um avião na capital até o Rio de Janeiro.

Chantagem

Além de tirar a vida da jovem, a dupla ainda extorquiu e pressionou os próprios familiares e os familiares da vítima para terem recursos para a fuga. O crime chegou ao conhecimento da PF, que passou a monitorar os acusados e manter contatos com as autoridades norte-americanas.

Enquanto a PF seguia no encalço dos fugitivos, a LAPD (Los Angeles Police Department) investigava as circunstâncias do crime e da fuga, nos Estados Unidos. Os contatos entre as agências eram feitos mediante a participação ativa do Serviço de Segurança Diplomática do Consulado Americano no Rio de Janeiro e da Adidância da Polícia Federal em Washington.

Com a confirmação de que os suspeitos estavam em Cariacica/ES, montou-se uma grande operação para capturá-los, que contou com a decisiva participação GIOSP, o Grupo Integrado de Operações de Segurança Pública do Espírito Santo.

Com o empenho da Promotoria de Justiça, o Poder Judiciário decretou a prisão temporária dos fugitivos, que foram capturados, na manhãdo sábado (22) por homens do 7º Batalhão da Polícia Militar do ES e já estão à disposição da justiça.

Solidariedade

Nas redes sociais, muitas pessoas demonstraram apoio para a família e indignação após o crime. “Descanse em paz Ana, você não merecia isso, não mesmo, que Deus te dê um bom lugar, que Deus conforte seus familiares”, escreveu Bianca Tavares no Instagram.

A mãe da moça, Delma Felix, pediu Justiça no Facebook e declarou que quer dar um enterro digno para a jovem. “Deus, traz o corpo da minha filha de volta pra eu possa dar a ela um enterro digno. Ela merece, pai”, implorou Delma Felix.

Delma tem passado os dias dopadas com medicamentos.

Com PF

Aline Diniz[email protected]

Editora do BHAZ desde janeiro de 2020. Jornalista diplomada pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) há 10 anos e com experiência focada principalmente na editoria de Cidades, incluindo atuação nas coberturas das tragédias da Vale em Brumadinho e Mariana. Já teve passagens por assessorias de imprensa, rádio e portais.

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