Soldado russo julgado por crimes de guerra na Ucrânia se declara culpado

Soldado russo pode ser condenado a prisão perpétua
Soldado russo pode ser condenado a prisão perpétua (Reprodução/Volodymyr Zolkin/YouTube)

O primeiro soldado russo a ser julgado na Ucrânia por crimes de guerra declarou-se culpado nesta quarta-feira (18). O crime ocorrido durante a invasão de Moscou pode acarretar em uma prisão perpétua em Kiev. O sargento de 21 anos Vadim Shishimarin assumiu a culpa de todos os crimes atribuídos a ele.

De acordo com o The Moscow Times, quando questionado no tribunal se ele admitia, “sem ressalvas”, ser culpado pelas acusações, que incluíam crimes de guerra e assassinato premeditado, o soldado respondeu “sim”. A sentença final ainda não foi definida, porém, caso condenado, Shishimarin pode pegar prisão perpétua pelas acusações de crime de guerra e homicídio premeditado.

O militar russo responde por matar um civil ucraniano de 62 anos desarmado, nos primeiros dias da ofensiva do Kremlin. Segundo o Times, o civil estava, supostamente, em uma bicicleta quando foi assassinado pelo soldado, em 28 de fevereiro.

Os promotores alegam que Shishimarin estava no comando de uma unidade de tanques quando seu comboio foi atacado. Ele e mais quatro soldados roubaram um carro de um civil para fugir do ataque e, no caminho, encontraram com outro civil de bicicleta. Os promotores alegam que o soldado russo foi instruído a matar o civil e usou um fuzil de assalto Kalashnikov para fazê-lo. 

Audiência

A próxima audiência do caso será na quinta-feira (19) e contará com depoimentos de soldados que estavam presentes no momento do incidente.

A capital russa alegou, de acordo como Times, que não foi informada sobre o caso. Além disso, explicaram que estão trabalhando com capacidade reduzida. “A capacidade de Moscou de fornecer assistência devido à falta de nossa missão diplomática lá também é muito limitada”.

O julgamento de Shishimarin marca o início dos julgamentos por crimes de guerra do conflito entre Rússia e Ucrânia. Ele deve ser seguido por outros dois soldados russos que já esperam julgamento na Ucrânia. A capital do país, Kiev, diz que abriu milhares de casos em andamento sobre supostos crimes cometidos pelas forças de Moscou desde o início da invasão em 24 de fevereiro.

Edição: Roberth Costa
Giulia Di Napoli[email protected]

Estudante de Jornalismo na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

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