Lula diz a Dilma que não precisa de foro privilegiado, “Minha defesa eu mesmo faço”

Na noite da última terça-feira (15), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse à presidente Dilma Rousseff, que precisa amarrar todas as pontas com o PMDB antes de assumir ou não a Secretaria de Governo. Dilma e Lula voltarão a se reunir nesta quarta-feira (16), no Palácio da Alvorada.

Durante conversa de quatros horas e meia, Lula não se sente confiante em relação a sua entrada na equipe e afirmou ter sido informado por integrantes do PMDB de que sua presença no ministério, nesse momento, não daria “governabilidade plena”.

As ponderações do ex-presidente deixaram Dilma e os ministros Jaques Wagner (Casa Civil) e Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) surpresos. Horas antes do jantar no Alvorada, Lula havia dito a amigos que aceitaria assumir a Secretaria de Governo. “Quero saber o que ela espera de mim”, afirmara.

Apesar da indecisão, os ministros ainda avaliam que Lula pode aceitar o convite de Dilma. A ideia é que, além de cuidar da articulação política do governo com o Congresso, na ofensiva contra o impeachment, ele fique responsável pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social.

Segundo o Jornal Hoje em dia, durante o jantar, Lula não escondeu o incômodo com notícias dando conta de que ele quer entrar no governo para fugir do juiz Sérgio Moro. “Eu não preciso disso, a esta altura da vida”, disse o ex-presidente.

Se for para o ministério, Lula ganha foro privilegiado de julgamento. Isso significa que, em caso de denúncia criminal, uma ação contra ele terá de ser julgada pelo Supremo Tribunal Federal, fugindo de Moro, que conduz a Operação “Lava Jato” na primeira instância.

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