A ALMG (Assembleia Legislativa de Minas Gerais) informou que reforçou a segurança no entorno do prédio, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, após os atos terroristas contra as sedes dos Três Poderes em Brasília, no Distrito Federal, nesse domingo (8).
Por meio de nota, a ALMG expressou “extremo repúdio” à invasão e à destruição dos prédios do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do STF (Supremo Tribunal Federal). “As providências contra esses atos devem ser rápidas, enérgicas e eficientes”, diz o comunicado.
A casa legislativa mineira também informou que reforçou a segurança ao redor do prédio sede, no bairro Santo Agostinho, levando em conta os “sinais de alerta de invasão em instituições democráticas”.
“Reiteramos que a democracia e a liberdade são símbolos de nosso Estado e qualquer concessão que estimule ações contrárias a esses valores não pode existir”, finaliza a nota da Assembleia Legislativa.
Terrorismo na Praça dos Três Poderes
Bolsonaristas radicais lideraram ontem uma escalada de violência e destruição do patrimônio público no Congresso Nacional, Palácio do Planalto e no STF.
Imagens, amplamente divulgadas, mostram janelas, móveis e paredes dos prédios sendo depredados pelos extremistas. Os vídeos ainda flagraram policiais militares, que praticamente escoltaram os bolsonaristas ao local do crime, conversando com os golpistas e filmando passivamente enquanto uma multidão invadia os prédios.
Nesta madrugada (9), o ministro Alexandre de Moraes, do STF, afastou do cargo, por 90 dias, o governador do Distrito Federal (DF), Ibaneis Rocha. A vice Celina Leão (PP) assumirá durante esse período.
Na decisão, Moraes cita descaso e omissão por parte do governador e do então secretário de Segurança do DF, Anderson Torres, exonerado, na tarde de ontem, após a invasão golpista. Os dois também serão incluídos no inquérito que investiga atos antidemocráticos no Brasil (leia mais aqui).
Moraes determinou que a desocupação dos acampamentos em frente ao Quartel do Exército de Brasília e em “outras unidades militares para a prática de atos antidemocráticos”, deverá ocorrer em até 24 horas.
Ela fica a cargo das polícias militares dos estados e Distrito Federal, com apoio da Força Nacional e, se necessário, da Polícia Federal.
Os governadores serão intimados para garantir o cumprimento da decisão sob pena de responsabilidade pessoal.
Intervenção federal
No final da tarde desse domingo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decretou intervenção federal na Segurança o DF diante da invasão de golpistas na Praça dos Três Poderes. O decreto presidencial vale de hoje até, pelo menos, 31 de janeiro de 2023.
O interventor nomeado é Ricardo Cappelli, secretário-executivo do Ministério da Justiça.
O anúncio foi feito em coletiva de imprensa, na qual o presidente afirmou que todos os envolvidos nos atos criminosos em Brasília serão encontrados e punidos. Ele se referiu aos invasores como fascistas.