A Copasa (Companhia de Saneamento de Minas Gerais) foi indiciada pela Polícia Civil hoje (10), após investigação que aponta crime ambiental cometido pela companhia. Segundo as investigações, a empresa dispensou água de esgoto no leito do Rio Galheiros, em Espinosa, no Norte de Minas. A ação teria causado a contaminação da água, a morte de animais e a erosão do solo. A Copasa afirma que ainda não foi notificada da decisão e que o vazamento foi provocado por uma “falha” (veja abaixo).
De acordo com a Polícia, as investigações começaram em julho deste ano. Imagens compartilhadas nas redes sociais mostram a grande quantidade de peixes mortos no Rio Galheiros. Equipes da Vigilância Sanitária da cidade confirmaram que os danos foram causados pelo escoamento de esgoto.
Danos à flora e fauna
Segundo o delegado Eujecio Coutrim, as investigações apontam “de forma clara” os danos aos animais, à flora e às águas do rio. Além disso, foram constatados danos indiretos causados a moradores e aos animais da região, por conta da poluição das águas.
“Anexos fotográficos, informações de moradores e declarações dos representantes da empresa corroboram as provas vinculadas ao inquérito policial, confirmando a responsabilidade criminal da empresa”, afirma o delegado, que também manifesta preocupação com a chegada do período chuvoso na região.
“Verifica-se a urgência da limpeza e da revitalização do local contaminado, pois, com a aproximação do período chuvoso, a água poluída poderia contaminar o reservatório hídrico do município, prejudicando todos os moradores. Por isso, é urgente que a companhia investigada realize todos os protocolos para saneamento da contaminação” alerta.
O que diz a Copasa?
Por meio de nota enviada ao BHAZ, a Copasa afirma que ainda não foi notificada sobre a decisão, mas que o vazamento de esgoto no Rio Galheiros foi provocado por uma falha eletromecânica e “a situação foi corrigida no início da manhã do mesmo dia”.
“A empresa realiza ações cotidianas – manutenção preventiva, conjuntos reserva, geradores, mecanismos de automação entre outras – que podem minimizar a ocorrência de extravasamento de esgoto nas unidades”, diz trecho da nota (leia na íntegra abaixo). “No entanto, equipamentos estão sujeitos a falhas e a companhia trabalha diuturnamente para que não ocorra este tipo de situação”, afirmou a concessionária.
Leia a nota da Copasa na íntegra
A Copasa informa que colaborou com as investigações por meio de esclarecimentos prestados à Polícia Civil de Espinosa durante a apuração dos fatos. Apesar ainda não ter sido notificada sobre a decisão, a Companhia esclarece que, o extravasamento de esgoto no Rio Galheiros, em Espinosa, ocorrido na madrugada do dia 22/07, foi provocado por uma falha eletromecânica na estação elevatória de esgoto. A situação foi corrigida no início da manhã do mesmo dia (22).
A empresa realiza ações cotidianas – manutenção preventiva, conjuntos reserva, geradores, mecanismos de automação entre outras – que podem minimizar a ocorrência de extravasamento de esgoto nas unidades. No entanto, equipamentos estão sujeitos a falhas e a Companhia trabalha diuturnamente para que não ocorra este tipo de situação.
A Copasa também orienta suas equipes técnicas que avaliem as condições de todas as unidades, garantindo a operação com equipamentos reserva e peças sobressalentes principais de forma a reduzir ao máximo o tempo de restabelecimento dos serviços.
