Um homem que matou a esposa dentro da sede do Procon em Argirita, cidade na região da Zona da Mata mineira, foi condenado a 16 anos de reclusão, em regime inicial fechado, por homicídio duplamente qualificado – por motivo torpe e de maneira que impossibilitou a defesa da vítima, que era vereadora da cidade. A decisão é do Conselho de Sentença do Tribunal do Júri da Comarca de Leopoldina, em julgamento realizado nesta terça-feira (1º).
De acordo com a denúncia do Ministério Público, a relação do casal era marcada por brigas e a mulher chegou a ser agredida algumas vezes. No dia do crime, 17 de abril de 2013, o ex-marido dirigiu-se ao Procon, um dos locais de trabalho da vítima, e iniciou uma discussão.
Para evitar que outras pessoas presenciassem o desentendimento, a vereadora se deslocou até um banheiro. Ali, o homem determinou que a vítima se abaixasse e lhe desferiu um tiro na cabeça com uma arma equipada com silenciador. O casal estava em processo de separação.
A juíza Elisa Eumenia Mattos Machado Penido, que presidiu o júri, negou ao réu o direito de recorrer em liberdade, considerando que ele respondeu a maior parte do processo preso. “Não se verifica neste ensejo fato novo que autorize a revogação de sua prisão, revelando-se, ainda, uma incongruência sua colocação em liberdade após o reconhecimento da culpabilidade e aplicação da pena privativa de liberdade”, fundamentou a magistrada na sentença.
A decisão cabe recurso.