Golpistas que enganaram mais de 500 policiais e militares das Forças Armadas são presos

Divulgação/Rotam

Uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), realizada a pedido do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), terminou com 15 pessoas presas nesta quarta-feira (21). Os detidos são apontados como integrantes de uma quadrilha que aplicava golpes contra policiais e militares das Forças Armadas da reserva e pensionais. Mais de 500 pessoas teriam sido vítimas do grupo, que ainda é investigado por lavagem de dinheiro.

As ordens judiciais da operação Monte de Pietá autorizaram a entrada em estabelecimentos comerciais e residências em Belo Horizonte, Contagem, Ibirité, Itaguara e São João do Manteninha, além das cidades de Vila Velha e Piúma, no Espírito Santo.

Conforme apurado, os golpistas enganavam, em sua maioria, pessoas idosas ou portadoras de doenças graves. Os criminosos informavam às vítimas de que elas teriam direito a vantagens em dinheiro em virtude de ações judiciais contra entidades de previdência privada ou de seguros de vida.

Ainda de acordo com o MPMG, com uma história bem arquitetada e com a estrutura disponibilizada pela organização, os golpistas conseguiam convencer as vítimas a depositar grandes valores em dinheiro referentes a falsos honorários ou custas processuais em contas bancárias informadas pelo grupo, sob a alegação de que deveriam efetuar os pagamentos para obter a liberação do dinheiro. Os criminosos utilizavam, ainda, nomes de autoridades do alto comando da Polícia Militar para conferir mais credibilidade aos argumentos apresentados.

Monte di Pietá

A operação contou com a participação de dois promotores de justiça, um delegado de Polícia Civil e 92 policiais militares de Minas, além de um promotor de justiça e 18 policiais do Espírito Santo. Na região metropolitana de BH, onde se localizava a maioria dos locais das buscas e dos membros da organização presos, a ação contou com o apoio de integrantes do Batalhão Rotam.

A operação foi batizada de Monte di Pietá em alusão às instituições de caridade e sociedades de ingresso voluntário surgidas no século XV, na Itália, como forma de combater a usura. Nelas, os pobres obtinham dinheiro e penhoravam seus pertences para satisfazer necessidades básicas no futuro, tais como amparo em caso de doença, prisão, incapacidade e morte. As instituições italianas deram origem aos montepios no Brasil, as mais antigas organizações de previdência social, referidas pelo grupo em diversas ocasiões para enganar as vítimas.

Com MPMG

Roberth Costa[email protected]

De estagiário a redator, produtor, repórter e, desde 2021, coordenador da equipe de redação do BHAZ. Participou do processo de criação do portal em 2012; são 11 anos de aprendizado contínuo. Formado em Publicidade e Propaganda e aventureiro do ‘DDJ’ (Data Driven Journalism). Junto da equipe acumula 10 premiações por reportagens com o ‘DNA’ do BHAZ.

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