Grupo religioso envolvido em esquema milionário de pirâmide financeira vira alvo de operação em MG

pirâmide financeira
O chefe do grupo se apresentava como um ‘homem de Deus’, se utilizando de passagens bíblicas e jargões de cunho religioso (MPMG/Divulgação)

Um grupo criminoso que usava da fé para ludibriar vítimas e inseri-las em um esquema de pirâmide financeira virou alvo de investigação em Minas. Nesta quinta-feira (5), a Polícia Civil cumpriu 28 mandados de busca e apreensão, além de oito prisões preventivas em Belo Horizonte, Contagem, Unaí, Guanhães, Belém (PA) e Brasília (DF).

Conforme investigado, o chefe do grupo se apresentava às vítimas como um “homem de Deus” e honesto. Ele se utilizava de passagens bíblicas, jargões de cunho religioso e, até mesmo, músicas gospel, para convencer as vítimas a investir dinheiro no esquema fraudulento. 

Durante a operação, também foi efetuado o bloqueio das contas bancárias e a recuperação de ativos financeiros que, parcialmente, somam mais de R$ 2 milhões.

Mercadores do Templo

De acordo com as autoridades, as empresas do grupo criminoso ofereciam serviços financeiros de alta rentabilidade, sob a promessa de remuneração de 8,33% ao mês para pessoa física e de 10% ao mês para pessoa jurídica. No entanto, as investigações apontaram que o modus operandi dos investigados se assemelha ao modo de agir de grandes organizações criminosas responsáveis por pirâmides financeiras.

“As ações promoveram a repressão qualificada de uma organização criminosa que desenvolvia na cidade de Unaí e adjacências uma complexa estrutura de pirâmide financeira. Os investigados são suspeitos de cometerem crimes desconexos contra a ordem tributária, a economia popular e também lavagem de dinheiro”, explica a delegada Gabriela Mol.

A operação, conduzida em conjunto com o Ministério Público de Minas Gerais, foi apelidada de “Mercadores do Templo”, em alusão ao momento bíblico em que Jesus expulsa do Templo de Jerusalém os mercadores que estavam usando a casa de Deus para fazer negócios e roubar o povo.

Com MPMG

Edição: Roberth Costa
Larissa Reis[email protected]

Graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Vencedora do 13° Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog. Também participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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