O influenciador mineiro Gustavo Tubarão revelou, nesse domingo (24), que foi diagnosticado com paralisia de Bell. Com o lado direito do rosto paralisado, ele contou que chegou a achar que estava tendo um AVC (acidente vascular cerebral). Ao BHAZ, a neurologista Thais Reis conta que essa é uma reação comum dos pacientes, e dá mais detalhes sobre o tratamento da paralisia (leia mais abaixo).
“Fui almoçar ontem e na hora do almoço, senti minha boca esquisita. Olhei no espelho e minha cara estava torta. Comecei a ter uma crise de ansiedade, me deu ataque de pânico, pensei que estava sofrendo um AVC, um derrame”, contou Gustavo em um vídeo publicado no Instagram.
O humorista ficou ainda mais preocupado porque o casamento da irmã dele seria celebrado no sábado (23), mesmo dia em que ele percebeu a paralisia. “Fiquei com medo de dar trabalho para todo mundo. Mas eu tenho primos médicos, e estou diagnosticado com paralisia de Bell”, esclareceu.
Gustavo Tubarão garantiu que os seguidores não precisavam se preocupar, e que ele está se sentindo bem. A única dor que ele sente é atrás da orelha, mas nem isso o impediu de brincar com a situação. O influenciador fez piadas se comparando ao Galo Doido, mascote do Atlético, a um camelo, e até ao ator Sylvester Stallone.
“Quem tiver contato de martelinho de ouro em BH e região metropolitana, me indica… Enfim, tenho que fazer de um limão uma caipirinha, se Deus quiser daqui a uns 6 meses tô bom de volta”, brincou ele no vídeo.
O que é paralisia de Bell?
A paralisia de Bell, ou paralisia facial periférica, é uma condição causada pela inflamação do nervo já próximo à face, e não dentro do cérebro. De acordo com a médica neurologista Thais Reis, do hospital Semper, muitas vezes não há uma causa específica para a condição.
A infecção pelo vírus da herpes pode ser uma das causas, mas, muitas vezes, não é possível definir o que levou à paralisia de Bell em um paciente. O diagnóstico costuma ser feito de forma clínica, analisando sinais como a incapacidade de fechar um dos olhos, o sulco nasolabial “apagado”, a queda de um dos lábios e a diminuição das lágrimas.
“A condição tem um curso agudo, em um um a três dias o paciente já costuma desenvolver os sintomas. Precisamos prestar atenção quando há características atípicas, como quando o caso não é agudo, quando há outros nervos comprometidos… Nesse caso, podem ser outros diagnósticos”, explica a especialista.
Thais Reis também ressalta que a reação que Gustavo Tubarão teve ao notar o rosto paralisado é comum: “a maioria dos pacientes acha que está tendo um AVC. O que diferencia é que, no AVC, a paralisia é central, não periférica”.
Ela reforça que, caso alguém note qualquer assimetria no rosto, seja de um lado só ou nas partes superior e inferior, o importante é procurar um hospital.
Ainda de acordo com a neurologista, o tratamento da paralisia de Bell é feito com medicamento, preferencialmente dentro dos três primeiros dias dos sintomas, e a reabilitação com fonoaudiólogo e fisioterapeuta. A recuperação pode levar de quatro a seis meses, mas ela esclarece que a paralisia costuma ser considerada uma condição “benigna”, por não apresentar outros perigos maiores ao paciente.