Idoso é indiciado por estuprar menores de idade desde 2005 em Minas

Polícia Civil
Crimes foram cometidos contra cinco meninas e possível sexta vítima será ouvida (Amanda Dias/BHAZ)

Um homem idoso de 69 anos foi indiciado, nesta quinta-feira (20), por crimes de estupro de vulnerável contra cinco vítimas, cometidos desde 2005 até os dias atuais. A Polícia Civil de Minas Gerais ainda vai ouvir uma outra possível vítima, de 6 anos de idade. De acordo com depoimentos, o homem pedia que elas “arrumassem um namoradinho”, para que ele não fosse responsabilizado pelos crimes.

As investigações começaram na delegacia de Pompéu, na região Central do estado, quando uma das vítimas foi até a unidade policial, acompanhada da representante legal, e relatou os abusos sofridos quando tinha 11 anos de idade. Ela ainda contou que duas primas, 19 e 23 anos, também teriam sido abusadas quando eram menores de idade. As duas vítimas foram intimadas e confirmaram os abusos sofridos à polícia.

De acordo com a delegada Carolina Máximo, os abusos consistiam em toques íntimos e outros atos libidinosos, sem penetração ou vestígios. “Segundo declarou uma das vítimas, o investigado pedia a elas que arrumassem um namoradinho, para assim ele poder manter relações sexuais com elas e não ser responsabilizado”, contou.

Ainda segundo a delegada, o investigado foi intimado várias vezes e se recusou a comparecer à delegacia para ser interrogado, afirmando que estava acometido por problemas de saúde. O inquérito foi remetido à Justiça, e o suspeito foi indiciado pelos crimes.

Estupro de vulnerável

O crime de estupro é previsto no art. 213, e consiste em “constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso”. Mesmo que não exista a conjunção carnal, o criminoso pode ser condenado a uma pena de reclusão de seis a 10 anos.

O art. 217A prevê o crime de estupro de vulnerável, configurado quando a vítima tem menos de 14 anos ou, “por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência”. A pena varia de 8 a 15 anos.

Com PCMG

Edição: Giovanna Fávero
Sofia Leão[email protected]

Repórter do BHAZ desde 2019 e graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Participou de reportagens premiadas pelo Prêmio Cláudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados, pela CDL/BH e pelo Prêmio Sebrae de Jornalismo em 2021.

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