Em nova decisão, Justiça de Minas volta a permitir rodeios no estado

Rodeio
Desembargador autorizou a realização do rodeio(FOTO ILUSTRATIVA: Banco de imagens/Pixabay)

O TJMG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais) voltou a permitir, nessa quarta-feira (31), a realização de rodeios no estado.

A medida foi proferida pelo presidente do Tribunal, José Arthur de Carvalho Pereira Filho, em resposta a uma decisão anterior da 1ª Vara da Fazenda Pública e Autarquias da Comarca de Belo Horizonte.

No texto, o desembargador argumenta que não existe prova cabal de que, em Minas Gerais, os rodeios sejam realizados sem a observância da legislação pertinente.

Ele também afirma que esse tipo de evento “promove o desenvolvimento econômico, social e cultural, notadamente se se considerar que a principal atividade da maioria dos municípios mineiros é o agronegócio”.

Decisão proibia rodeios em Minas

No último dia 26, a Justiça havia proibido a realização, autorização e promoção de rodeios no estado. A decisão partiu de uma demanda do Instituto Protecionista S.O.S. Animais & Plantas.

O juiz Michel Curi e Silva, da 1ª Vara da Fazenda Pública e Autarquias da Comarca de Belo Horizonte, concluiu que os animais desses eventos muitas vezes são “submetidos a sofrimentos atrozes até a morte”.

“O laudo revela que uma mera queda pode lesar para sempre nervos faciais. Não posso corroborar as prováveis atrocidades e macular minha consciência de julgador”, diz o juiz. No entendimento do magistrado, os bichos são usados como “meras coisas”.

Condições seguras aos animais

Na nova decisão, o magistrado determina que caberá à organização de cada rodeio “zelar pelo bem-estar dos animais utilizados”.

Também será obrigatório prover médico veterinário habilitado, infraestrutura completa para atendimento médico, transporte seguro e piso das arenas com amortecimento do impacto.

O desembargador destacou que os rodeios são uma manifestação cultural “extremamente difundida” em Minas Gerais.

Para ele, o cancelamento tem “o condão de configurar grave lesão à economia pública, uma vez que festas de tal espécie costumam movimentar, sobremaneira, o turismo e o comércio locais, com grande impacto sobre o orçamento municipal”.

Nicole Vasques[email protected]

Jornalista formada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), escreve para o BHAZ desde 2021. Participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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