O Governo Federal divulgou, nesta quinta-feira (5), a atualização da “lista suja” de empregadores flagrados mantendo trabalhadores em situações análogas à escravidão. Minas lidera o ranking de novas inclusões, com 37 empregadores adicionados na última versão do levantamento.
A atualização do cadastro conta com 204 novos nomes, totalizado agora 473 empregadores autuados após passarem por processos de defesa em duas fases administrativas. As informações são da Réporter Brasil.
A lista suja do trabalho analógo à escravidão é atualizada a cada seis meses, com empregadores sendo retirados e inseridos. A versão anterior foi lançada em abril.
Minas Gerais lidera novas autuações
Segundo o levantamento, Minas Gerais lidera o ranking de novas autuações com 37 empregadores incluídos na lista suja. São Paulo aparece em segundo lugar, com 32. Veja o ranking abaixo:
Minas Gerais: 37
São Paulo: 32
Bahia e Piauí: 14
Maranhão: 13
Goiás: 11
O levantamento ainda atualiza o tipo de atividade dos empregadores autuados. A maior parte deles trabalha com produção de carvão vegetal (23), criação de gado para abate (22), serviços domésticos (19), cultivo de café (12) e extração e britagem de pedras (11).
A lista suja do trabalho análogo à escravidão pode ser conferida neste link na íntegra.
Grupo Heineken tem cervejaria na lista suja
A cervejaria Kaiser, do grupo Heineken, foi incluída na lista por conta de uma atuação de 2021. Na ocasião, auditores flagraram trabalhadores estrangeiros, 22 venezuelanos e 1 haitiano, em condições analógas à escravidão em uma tranportadora ligada à cervejaria. Alguns deles não tinham onde dormir e passavam a noite dentro dos caminhões que dirigiam, além de não terem descanso semanal remunerado.
O BHAZ procurou a cervejaria e aguarda retorno. A reportagem será atualizada tão logo a demanda seja respondida.