Mãe é presa suspeita de torturar a filha de 3 anos em MG

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Mulher foi presa para ficar distante da filha (Amanda Dias/BHAZ)

Da Polícia Civil

A Polícia Civil cumpriu mandado de prisão temporária contra uma mãe suspeita de torturar a própria filha, 3, na cidade de Itapagipe, em Minas.

No dia 15 de julho, o Conselho Tutelar informou à Polícia Civil sobre um possível caso de tortura cometido pela mãe e pelo padrasto da vítima. A criança apresentava lesões por todo o corpo, muitas delas indicando agressões com fio de carregador de celular, além marcas de golpes contundentes. Na ocasião, a Polícia encontrou uma arma de fogo na casa dos suspeitos, resultando na prisão em flagrante do homem.

Iniciadas as investigações, a polícia apurou que as agressões ocorriam há semanas, e que a mãe da criança nunca a levou ao atendimento médico, nem noticiou os fatos aos órgãos policiais ou ao Conselho Tutelar.

“A despeito de a mãe imputar a autoria da tortura ao padrasto, narrando que o fez para castigar a criança, nos chamou a atenção o comportamento omissivo dela, que sequer levou a filha ao atendimento médico, além de não levar os fatos ao conhecimento da Polícia ou do Conselho Tutelar, faltando com seu dever de agir em relação à proteção integral da filha”, explica o delegado responsável pelas investigações, Rafael Gomes.

Além das agressões, há indícios de que a criança estava sem ser alimentada há algum tempo. Quando apresentada ao atendimento médico, a menina relatou que, além do padrasto, a mãe também seria responsável pelas lesões que apresentava.

O Conselho Tutelar determinou que a criança ficasse, temporariamente, sob os cuidados da avó materna. Porém, a Polícia Civil percebeu que a mãe da criança mudou-se, também, para a mesma casa, mantendo a proximidade com a vítima.

“A Polícia Civil representou, então, pela prisão temporária da mãe da vítima para verificar se seu grau de responsabilidade se resume à omissão no delito de tortura, ou se participou diretamente na prática da ‘tortura-castigo’, em coautoria com o padrasto”, explicou Gomes.

As investigações foram conduzidas pela Delegacia de Polícia Civil em Itapagipe, e a operação contou com apoio de policiais civis de Frutal.

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