Uma pesquisa realizada pela Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) apontou que o número de estabelecimentos funcionando no vermelho em Minas Gerais aumentou. De acordo com o levantamento, 32% das empresas alegaram prejuízo em 2024.
Segundo a Abrasel, os principais fatores para a redução dos números positivos no setor foram: a queda nas vendas, cerca de 77%, a redução do no número de clientes (56%) e o custo de alimentos e bebidas (43%).
Além disso, a inflação segue sendo um problema para as empresas, pois dos estabelecimentos que não conseguiram aumentar os preços nos últimos 12 meses, 57% realizaram reajustes conforme ou abaixo da inflação e apenas 9% reajustaram acima da inflação.
O levantamento indicou ainda que 37% dos restaurantes mineiros estão endividados. Destas, 72% devem impostos federais, 49% devem impostos estaduais, 37% têm empréstimos bancários, 27% devem taxas municipais, 25% devem encargos trabalhistas/previdenciários, 24% devem fornecedores de insumos, 22% devem serviços públicos (água, luz, gás, telefone), 11% devem aluguel, 7% devem fornecedores de equipamentos e serviços e 5% devem os empregados.
Geração de empregos
Apesar do cenário desfavorável, 30% dos empreendedores informaram que pretendem contratar mão de obra ainda no primeiro semestre do ano. Outros 47% esperam manter o atual quadro de funcionários e apenas 13% pensam em demitir. Há ainda uma parcela de 10% que ainda não se decidiu. Caso esses números se concretizem, o setor sairá com um número positivo de contratações.
Mesmo em uma fase difícil, a presidente da Abrasel Minas Gerais, Karla Rocha, aponta a importância da ajuda do governo. “A situação das empresas de alimentação fora do lar continua desafiadora, dependendo do apoio do governo. Espera-se melhorias no próximo mês com o Dia das Mães, tradicionalmente trazendo aumento no movimento dos estabelecimentos gastronômicos, o que é crucial para a recuperação econômica do setor”, pondera.