Não olhe para cima! Meteoro corta céu de cidades mineiras e fenômeno intriga

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O fenômeno foi visto de várias cidades, como Patrocínio e Patos de Minas (Reprodução/@Ceceussj4/Twitter)

Moradores de diferentes cidades do Triângulo Mineiro levaram um susto ao olharem para o céu, na noite dessa sexta-feira (14), e avistarem um meteoro. Vídeos que circulam pelas redes sociais mostram que um rastro luminoso e cadente foi visto de diversas localidades – como Patrocínio e Patos de Minas – e o fenômeno despertou a curiosidade dos mineiros.

“Esse ‘trem’ foi lá pro lado de Patrocínio. Passou uma bola de fogo aqui, maior ‘mutreca’. Os meninos que tavam ali de fora viram, estão todos assustados”, disse um morador em áudio enviado pelo WhatsApp.

“Rapaz, esse ‘trem’ foi esquisito. Ali perto do Fabrício diz que lá balançou até as portas da casa, foi um estrondo”, comenta outro residente local. Apesar de todo o alarde, o Corpo de Bombeiros não recebeu nenhuma notificação de estragos que possam ter sido provocados pela queda do meteoro.

‘Algo muito comum’

Para esclarecer como o fenômeno ocorre, o BHAZ conversou com o professor aposentado da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), Renato las Casas. Ele conta que meteoros são mais comuns do que a gente imagina.

“Todo dia, toneladas de materiais do espaço caem na Terra. Todo dia. Agora, a grande maioria deles são materiais pequenos que são pulverizados na atmosfera. Então é algo muito comum”, diz o pesquisador.

Não é estrela cadente

Renato explica que o fenômeno pode ser avistado de diferentes lugares por conta se sua altura. Além disso, ele explica que meteoros são muito mais que simples “estrelas cadentes”.

“Muita gente fala que meteoro é sinônimo de estrela cadente, mas não é nada disso. É um fenômeno produzido por pedras que caem no nosso planeta. Essas pedras, de tamanhos mais variados – da espessura de um grãozinho de arroz, até pedras com centenas de metros – elas entram na nossa atmosfera numa velocidade muito alta”, explica.

“Aí acontecem dois fenômenos: devido ao atrito com o ar elas vão esquentando até virarem uma brasa e no ar elas se comprimem tanto que criam uma zona, uma região de iluminação. Por isso que a gente vê uma luzinha se movendo”, acrescenta o especialista.

Renato ainda explica que a nomenclatura varia de acordo com a posição do objeto na atmosfera. “Quando essas pedras estão no espaço, nós as chamamos meteoroides. A parte que sobrevive e chega ao solo se chama meteorito e o fenômeno em si, da queda dessa pedra, se chama meteoro”, conta.

Edição: Roberth Costa
Larissa Reis[email protected]

Graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Vencedora do 13° Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog. Também participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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