Paciente que teve dengue grave em BH retorna ao hospital para agradecer médicos: ‘Estar viva é extraordinário’

paciente agradece médicos
A paciente ficou seis dias internada no CTI do Hospital Eduardo de Menezes, no Barreiro, e voltou à unidade para agradecer os médicos (Francis Campelo/Divulgação)

Uma massoterapeuta de Belo Horizonte viveu dias difíceis após ser diagnosticada com dengue e se ancorou na equipe médica para se recuperar totalmente. Viviane Gomes Miranda ficou quase uma semana internada no Centro de Terapia Intensiva do Hospital Eduardo de Menezes, no Barreiro, e voltou à unidade para agradecer pelo cuidado recebido por ela na unidade.

Ela conta que a doença começou com sintomas clássicos, mas que após cinco dias um sangramento acendeu o alerta de que a dengue não estava evoluindo dentro do esperado. A paciente chegou a ficar três vezes com as plaquetas zeradas. “Eu poderia ter uma hemorragia grave a qualquer momento”, relembrou.

“Fui transferida para o CTI do Eduardo de Menezes e lá pediram alguns exames mais específicos. Daí veio o primeiro resultado com a taxa de plaquetas zerada. Fiz a primeira transfusão, subiu um pouco, mas em outro exame, no dia seguinte, já veio zerada novamente. Fiz uma segunda transfusão e, novamente, o mesmo resultado”, conta Viviane.

‘Estar viva é extraordinário’

A equipe do CTI ficou preocupada com a situação da paciente. Foi apenas depois da terceira transfusão que as plaquetas começaram a subir. O gerente do CTI do Hospital Eduardo de Menezes, Aguinaldo Bicalho Ervilha Júnior, explica os riscos.
 
“A plaqueta é um tipo de célula que, entre outras, ajuda na formação dos coágulos. Quando chega a níveis muito baixos, existe uma possibilidade maior de choque hemorrágico.  O caso da Viviane chamou atenção por uma contagem extremamente baixa de plaquetas que, obviamente, a colocava em risco. Felizmente, ela saiu viva, sem nenhuma sequela”, explica.

Viviane nunca havia tido dengue. Após seis dias de internação, sendo cinco deles no CTI, ela recebeu alta e pode reencontrar a família e amigos.  Alguns dias após a alta, a ex-paciente voltou à unidade para agradecer à equipe que cuidou dela nesse momento tão delicado. 

“Poder voltar aqui, de onde pensei que não sairia viva, e reencontrar os profissionais que cuidaram de mim, com muito carinho e dedicação, é algo inexplicável. Não precisamos de muito para viver. Hoje dou mais valor à simplicidade, pois estar viva já é algo extraordinário. Sou eternamente grata a este hospital”, disse.

Com Agência Minas

Larissa Reis[email protected]

Graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Vencedora do 13° Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog. Também participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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