O TRT (Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais) determinou, na madrugada desta quarta-feira (14), que o metrô de Belo Horizonte funcione em escala mínima enquanto durar a greve dos servidores.
A liminar concedida à CBTU-MG (Companhia Brasileira dos Transportes Urbanos) estipula o funcionamento diário de 100% dos trens, em horários de pico. Assim, deverão circular das 5h30 às 12h e das 16h30 às 23h e, nos demais horários, 70%.
Além disso, o texto assinado pelo presidente do TRT-MG, desembargador Ricardo Mohallem, determina o funcionamento de 100% do serviço de segurança metroviária em período integral, durante a paralisação, observada a escala regular, para fins de “preservação da segurança dos usuários e do patrimônio” da CBTU.
A decisão justifica que as medidas buscam amenizar as perturbações que uma greve total acarretaria aos serviços de transporte da capital, em época já especialmente conturbada para a circulação urbana, tendo em vista o período chuvoso e proximidade das festas de fim de ano. O desembragador estipulou multa diária de R$ 100 mil em caso de descumprimento da ordem judicial
Notificações
A liminar determina notificação à BHTrans, à Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade de Minas Gerais (SETOP) e à Autarquia Municipal de Trânsito e Transportes de Contagem (TRANSCON) sobre a escala mínima determinada. Assim, a adequação das linhas de ônibus e o aumento do número de veículos em circulação poderão se viabilizar. Ainda, ao comando da Polícia Militar sobre o deferimento da liminar.
O BHAZ entrou em contato com o Sindimetro para um posicionamento e aguarda retorno. Tão logo o sindicato se manifeste, esta matéria será atualizada.
Greve do metrô BH
Com a greve no Metrô de BH, as 19 estações da capital e região metropolitana amanheceram fechadas nesta quarta-feira. Servidores da CBTU-MG (Companhia Brasileira de Trens Urbanos de Minas Gerais) denunciam falta de transparência no processo de privatização da empresa.
Esta é a segunda greve geral da categoria neste ano. Em 25 de agosto, teve início outra paralisação da categoria, também contra a privatização, a possibilidade de demissões de servidores e o aumento das passagens.
Os metroviários pedem a manutenção do emprego de 1.600 trabalhadores concursados na companhia e exigem que o leilão de 22 de dezembro seja suspenso.
“O processo de privatização envolve vários detalhes que não estão claros para a população, para os meios de comunicação e mesmo para os trabalhadores da CBTU”, diz nota da categoria nessa terça-feira (13).