Seguindo a decisão tomada na capital, o governador Romeu Zema (Novo) sinalizou nesta sexta-feira (4) que o uso obrigatório de máscaras ao ar livre deve ser abolido nas próximas semanas. A decisão do governo do estado ainda aguarda que a transmissão diminua em algumas regiões, mas deve se confirmar, se a tendência de queda for mantida.
“O estado é grande e temos situações distintas. Ainda temos regiões com taxas altas de transmissão. Mas se a situação continuar a melhorar, é provável que esse tipo de medida aconteça nas próximas semanas. Enquanto isso, os prefeitos de cada município podem decidir”, disse o governador, em coletiva de imprensa.
O secretário da Saúde, Fábio Baccheretti, reforçou que existe ainda uma variação em diferentes partes do estado. “Algumas regiões como Nordeste, Norte e Leste estão com números altos. Mas a expectativa é na semana que vem seja tomada essa decisão. Não passa do meio do mês”, complementou.
Decisão em BH
A PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) decidiu que o uso de máscaras não será mais obrigatório em locais abertos na capital mineira. Em reunião na manhã dessa quinta-feira (3), o Comitê de Enfrentamento à Covid-19 da prefeitura deliberou e concluiu, por unanimidade, que já é seguro abolir o uso o item ao ar livre.
A novidade foi reforçada pelo prefeito Alexandre Kalil, no programa Balanço Geral, da Record TV. O chefe do Executivo municipal, no entanto, deixou um alerta à população. “Eu aconselho a usar. Temos que preservar transporte público, lugar fechado. Mas estamos aliviando pelo sacrifício que foi feito pela população”, acrescentou.
Leitos de Covid desocupados
Na mesma coletiva de imprensa, realizada na Santa Casa de BH, Romeu Zema descreveu os investimentos realizados pelo governo na área da saúde. Segundo o governador, a pandemia deixa um legado de 83 leitos de UTI adicionais, somente em Belo Horizonte. As vagas devem ser direcionadas para o atendimento cirúrgico, cujos procedimentos foram atrasados pela pandemia.
“BH recebe 45 milhões do Opera Mais. Agora que entramos numa fase que podemos chamar de pós-pandemia, com o Opera Mais vamos reduzir a fila de cirurgias, que ficou prejudicada na pandemia”, afirmou Zema.
Greve de servidores
Questionado sobre as negociações com os servidores estaduais que estão em greve, Zema disse que já ofereceu o que podia, em relação ao reajuste salarial. “Fizemos um reajuste geral de 10, para recompor a perda do ano passado e isso está dentro do limite do estado. Eu gostaria de dar 30, mas eu não posso dar 30 e amanhã atrasar salário. Faço aquilo que é responsabilidade minha”, declarou.
Ainda, segundo o governador, o governo permanece em diálogo com as classes do estado que estão em protesto. “O Governo está caminhando para que a negociação seja concluída o quanto antes”, disse.
