“Não trabalho para governo golpista”: veja as mulheres que recusaram a Secretaria de Cultura

Nos últimos dias, vários artistas como Wagner Moura e Thaís Araujo se posicionaram em relação aos desdobramentos da política brasileira, tanto no que tange ao afastamento de Dilma Rousseff quanto ao fim do Ministério da Cultura, o que grande parte da classe artística considera um enorme retrocesso.

Os ecos da insatisfação chegaram nesta terça-feira ao tapete vermelho de Cannes, onde a equipe de “Aquarius” — drama nacional com Sonia Braga que compete pela Palma de Ouro — fez uma manifestação com cartazetes contra o impeachment, que teve a inesperada adesão de Jack Nicholson.

Depois da polêmica da extinção do Ministério da Cultura, Michel Temer decidiu criar a Secretaria da Cultura. Temer foi duramente criticado por não ter uma mulher na equipe ministerial, então seu o governo vem tentando nomear mulheres para o cargo da Cultura. A ex-petista Marta Suplicy ficou responsável por convidar mulheres para assumir o cargo, mas vêm recebendo não atrás de não.

Daniela Mercury foi a quinta mulher a recusar o cargo. Marta também teria sido a responsável por convidar sem sucesso a atriz Bruna Lombardi e a jornalista e apresentadora Marília Gabriela. A antropóloga e ex-secretária nacional de Economia Criativa da Cultura do Ceará Cláudia Leitão e a consultora Eliane Costa também não aceitaram fazer parte do governo. Além disso, a consultora acrescentou que  “não trabalha para governo golpista” e “nem será coveira do MinC”.

Em sua página no Facebook, Daniela Mercury já havia se posicionado nas redes sociais contra a fusão do Ministério da Cultura e da Educação.

“A extinção do ministério da cultura vai gerar um retrocesso gigantesco para o país. A economia criativa é o setor que ganha mais investimentos nos países desenvolvidos, pois é o setor que mais cresce, que mais gera empregos. A cultura é a afirmação de um povo e sua maior contribuição pra humanidade. Aqui no planeta terra vivemos na era do conhecimento. Se o novo governo quer fortalecer a economia, a economia criativa é o caminho. E esse caminho só devia nos levar adiante. Extinguir o Minc é andar anos-luz para trás”, escreveu a cantora no último dia 13.

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