Aécio Neves é denunciado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro; defesa nega

Denúncia foi apresentada pela PGR
Denúncia foi apresentada pela PGR (Valter Campanato/Agência Brasil)

O deputado federal Aécio Neves (PSDB) foi denunciado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro pela PGR (Procuradoria-Geral da República), nessa quinta-feira (30). A defesa do ex-governador de Minas Gerais alega que o parlamentar mineiro nunca cometeu qualquer crime (veja abaixo).

Conforme a denúncia da PGR, Aécio estaria envolvido em um esquema de propinas de R$ 65 milhões das construtoras Andrade Gutierrez e Odebrecht. A delação de Marcelo Odebrecht e as investigações da PF (Polícia Federal) embasaram a decisão da PGR em denunciar o deputado mineiro.

Os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro teriam ocorrido nos anos em que Aécio ocupou os cargos de governador e senador de Minas Gerais, entre 2008 e 2011.

Os supostos valores recebidos pelo político mineiro seriam para beneficiar as construtoras em obras de infraestrutura, como o projeto do rio Madeira e as usinas hidrelétricas de Santos Antônio e Jirau.

O STF (Supremo Tribunal Federal) vai decidir se aceita ou não a denúncia da PGR.

Defesa manifesta

Procurada pelo BHAZ, a defesa de Aécio Neves afirmou que “não há e nunca houve crime” por parte do político. “Essa notícia causa surpresa e indignação”, afirma em um dos trechos da nota enviada (leia na íntegra abaixo).

O posicionamento, assinado pelo advogado Alberto Zacharias Toron, diz confiar e acreditar no poder Judiciário. “Promoverá a análise detida e imparcial dos fatos e chegará à única conclusão possível: não há sequer indício de crime por parte do deputado Aécio”.

Nota da defesa de Aécio Neves

“Essa notícia causa surpresa e indignação.

Não há e nunca houve qualquer crime por parte de Aécio Neves. Foi demonstrado exaustivamente que as conclusões alcançadas pelo delegado são mentirosas e desconectadas dos próprios relatos dos delatores e, o que é mais grave, das próprias investigações da PF. Aliás, tamanho é o absurdo do presente caso que os próprios relatos dos delatores desmentem-se entre si. Basta lê-los. Depois, mais uma vez a Defesa vê-se surpreendida com vazamentos sistemáticos de inquérito sigiloso, sendo certo que nem mesmo os advogados tiveram acesso à referida denúncia para rebatê-la.

Por fim, a Defesa confia que o poder Judiciário promoverá a análise detida e imparcial dos fatos e chegará à única conclusão possível: não há sequer indício de crime por parte do deputado Aécio”.

Vitor Fórneas[email protected]

Repórter do BHAZ de maio de 2017 a dezembro de 2021. Jornalista graduado pelo UniBH (Centro Universitário de Belo Horizonte) e com atuação focada nas editorias de Cidades e Política. Teve reportagens agraciadas nos prêmios CDL (2018, 2019 e 2020), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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