Bolsonaro cresce em Minas; Lula recua, diz pesquisa

Lula e Bolsonaro
Pesquisa publicada nesta sexta (12), realizada em Minas Gerais, mostra que a vantagem de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para Jair Bolsonaro (PL) caiu de 18 para 9 pontos.

De acordo com a pesquisa Genial/Quaest publicada nesta sexta (12), realizada em Minas Gerais, a vantagem de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para Jair Bolsonaro (PL) caiu de 18 para 9 pontos. Lula ainda lidera no segundo maior colégio eleitoral do país, com 42%. No levantamento anterior, realizado em julho, Lula tinha 46%.

O atual presidente, por sua vez, tem 33% das intenções de voto, registrando crescimento de 5% em um mês.

Considerando a evolução das intenções de voto, fica ainda mais evidente a tendência de crescimento de Jair Bolsonaro em Minas Gerais. Em março, 46% dos mineiros declaravam voto em Lula e 21% no candidato à reeleição, uma diferença de 25% a favor do petista. Essa diferença caiu 16 pontos percentuais em seis meses.

Lula permaneceu estável dentro da margem de erro entre março e julho. Neste levantamento, no entanto, registrou queda de 4%, no limite da margem de erro. Bolsonaro, por sua vez, registrou crescimento de 7 pontos entre março e maio. Permaneceu estável, com 28% até julho. Nesta pesquisa, registra aumento de 5%.

Bolsonaro cresce em todas as faixas de renda; Lula registra queda

Segundo o levantamento, entre o eleitorado com faixa de renda de até dois salários mínimos por mês, Bolsonaro subiu de 16% para 23% e Lula caiu de 59% para 51%.

Essa faixa de renda tem sido observada por analistas com atenção por ser a mais afetada pelos efeitos do aumento no Auxílio Brasil, aprovado pela PEC do Estado de Emergência no mês de julho. O benefício, que teve seu valor ajustado em R$200,00, começou a ser pago na última terça-feira (9), último dia de realização do levantamento.

Não é possível, no entanto, dizer que o aumento do Auxílio Brasil foi determinante para o crescimento de Jair Bolsonaro, já que ele cresceu em todas as faixas de renda no estado.

Do mesmo modo, atual presidente aumentou suas intenções de voto de 38% para 50% entre os eleitores que ganham mais de 5 salários mínimo. Lula, por sua vez, oscilou negativamente de 34% para 31%.

Bolsonaro dispara no eleitorado evangélico

Jair Bolsonaro cresceu nove pontos entre os evangélicos no último mês, indo de 39% para 48%. Lula oscilou de 36% para 30%.

No último domingo (7), Bolsonaro esteve em Belo Horizonte na Igreja Batista da Lagoinha, por ocasião comemoração dos 50 anos de ministério do Pastor Márcio Valadão. O culto atraiu uma verdadeira multidão para o entorno da igreja, entre fiéis e eleitores do atual presidente.

A presença de Bolsonaro em cultos evangélicos faz parte da estratégia eleitoral do candidato à reeleição, como já expusemos aqui.

Por outro lado, no eleitorado católico, Lula variou negativamente de 50% para 46% e Bolsonaro, positivamente, de 24% para 29%, refletindo apenas a tendência geral de crescimento do atual presidente.

Lula mantém liderança entre as mulheres, mas diferença também caiu

O candidato do PT mantém a liderança entre as eleitoras mineiras, contando com 45% das intenções de voto no eleitorado feminino. Já Bolsonaro, conta, neste levantamento, com a preferência de 27% das eleitoras.

A distância caiu 10 pontos percentuais entre julho e agosto nesse seguimento, indo de 28 pontos em julho para 18 em agosto.

Em contrapartida, entre os homens, Bolsonaro agora está à frente de Lula com 41% a 39%, um empate dentro da margem de erro de dois pontos para mais ou menos.

Diferença entre Lula e Bolsonaro também recua no segundo turno

Com relação ao segundo turno a diferença entre Lula e Bolsonaro caiu 13%. No mês de julho, a distância entre o petista e o atual presidente era de 25 pontos percentuais. Agora, é de 12. Se as eleições fossem hoje, Lula venceria por 49% a 37% em Minas Gerais.

Em julho a diferença entre Lula e Bolsonaro no segundo turno era de 55% a 30%.

O Instituto Quaest entrevistou 2000 eleitores de 16 anos ou mais presencialmente em Minas Gerais no período de 6 a 9 de agosto. A margem de erro é estimada em dois pontos percentuais para mais ou para menos, com um nível de confiança de 95%.

Pedro Munhoz[email protected]

Editor de Política do BHAZ. Graduado em Direito pela Faculdade Milton Campos e em História pela UFMG, trabalhou como articulista de política no BHAZ entre 2012 e 2013. Atuou como assessor parlamentar desde 2016, com passagens pela Câmara dos Deputados, Câmara Municipal de Belo Horizonte e Assembleia Legislativa de Minas Gerais.

SIGA O BHAZ NO INSTAGRAM!

O BHAZ está com uma conta nova no Instagram.

Vem seguir a gente e saber tudo o que rola em BH!