Após entrevista ao JN, buscas por ‘Bolsonaro imita falta de ar’ disparam no Google

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Jair Bolsonaro concedeu entrevista ao Jornal Nacional nessa segunda-feira (Reprodução/TV Globo)

Minutos após a entrevista do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao Jornal Nacional na noite dessa segunda-feira (22), as buscas pela frase “Bolsonaro imita falta de ar” tiveram um aumento de pelo menos 50%,

Após sugerir, durante a sabatina, que não teria imitado pacientes da Covid-19 com dificuldades para respirar, o presidente foi ao Twitter alegar que, quando simulou a falta de ar, fez para “denunciar o ‘Protocolo Mandetta”, que mandava as pessoas ficarem em casa.

A pergunta

Durante a primeira entrevista da sabatina com os presidenciáveis, o mandatário chegou a sugerir que não havia imitado pessoa com falta de ar por causa da Covid-19 e pediu imagens disso.

A jornalista Renata Vasconcellos perguntou se o presidente se arrependia de tal atitude. De acordo com ela as pessoas podem ter enxergado o momento como “falta de compaixão, de solidariedade com os doentes, com as vítimas, com os parentes das vítimas”.

“Eu queria que você botasse no ar essa… eu imitando falta de ar”, respondeu o Bolsonaro na sequência. Logo após a declaração, vídeos do presidente imitando uma pessoa com falta de ar pela Covid voltaram a circular nas redes.

Sim, imitou

Ao menos em duas oportunidades, em live de 18 de março de 2021 e em 6 de maio do mesmo ano, o chefe do Executivo simulou um paciente de Covid sem oxigênio.

A falta de ar era um sintoma comum da doença em 2020 e 2021, no pior momento da pandemia, antes da distribuição massiva das vacinas. Relembre:

Defesa no Twitter

Com a grande repercussão negativa sobre o assunto, ainda na noite de ontem Bolsonaro foi ao Twitter se defender.

“Na ocasião em que Renata diz que simulei falta de ar por deboche, eu estava DENUNCIANDO o ‘Protocolo Mandetta’, que só recomendava ir ao hospital após sentir falta de ar”, iniciou.

Ele afirma que “foi justamente o contrário”. De acordo com o chefe do Executivo, ele defendeu essas pessoas. “Quem mandou ficar em casa é que desprezou suas vidas!”, completou.

A Covid-19 já matou 682 mil pessoas no Brasil. Em um dos momentos mais críticos, em janeiro de 2021, pacientes de Manaus morreram por falta de oxigênio suplementar na rede de saúde da cidade e do estado.

Vitor Fernandes[email protected]

Sub-editor, no BHAZ desde fevereiro de 2017. Jornalista graduado pela PUC Minas, com experiência em redações de veículos de comunicação. Trabalhou na gestão de redes do interior da Rede Minas e na parte esportiva do Portal UOL. Com reportagens vencedoras nos prêmios CDL (2018, 2019, 2020 e 2022), Sindibel (2019), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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