A cantora estadunidense Azealia Banks se tornou um dos assuntos mais comentados das redes sociais ao publicar imagens de um ritual, que consistiu em desenterrar o gato de estimação do no quintal e fazer um escaldo com o corpo, para conservar sua ossada, nesta terça-feira (12).
Como alguns sabem, Azealia Banks tinha um gato chamado “Lucifer”, Lucifer morreu ano passado e foi enterrado no quintal da antiga casa de Azealia Banks. Azealia está se mudando para Miami e decidiu desenterrar o corpo do seu gato para levar o crânio do gato como recordação. + pic.twitter.com/b6GtFM5TDt
— AZEALIA BANKS NEWS (@NewsABanks) January 12, 2021
“Lucifer 2009-2020. Meu querido gato. Obrigado por tudo. Uma lenda. Um ícone”, escreveu a artista, que postou fotos e vídeos do procedimento. Logo, internautas começaram a estranhar e criticar a atitude de Azealia, apesar do ritual ser comum em algumas culturas e usado como meio de guardar como recordação os restos mortais de um animal.
Alguns usuários alegaram que a rapper estava “fazendo sopa” com o gato morto, e outros afirmaram que ela teria matado o gato para realizar o ritual, apesar de o bichinho ter morrido há três meses. “Eu acho que vou vomitar. (…) Por favor, denunciem a conta deste ser nojento. Ela precisa de ajuda médica, porque isto não é normal”, escreveu um internauta no Twitter.
Que nojeira velho, azealia banks como sempre querendo aparecer com uns treco mais desnecessário que outro.
— Bernardo e só isso ai mesmo (@bernardofodac) January 12, 2021
caguei a intolerância, é nojento.
Intolerância
Por outro lado, as críticas ao ritual praticado pela cantora podem ser uma evidência da intolerância religiosa nas redes sociais. Azealia Banks tem envolvimento com religiões de matriz africana, como a Santería, fundada por escravos cubanos, e o procedimento pode ter sido baseado nas crenças religiosas da cantora.
“Brotaram colocações carregadas de preconceito, e insinuações de que ela estaria fazendo uma sopa com o animal morto há mais de três meses —só que Azealia é vegana. Isso veio das mesmas pessoas que amam comer peru no Natal, um dos maiores sacrifícios animais religiosos que se tem notícia”, escreveu a colunista Andreza Delgado, do UOL, ao apontar o racismo que veio à tona com as críticas a Azealia Banks.
“Isso é uma técnica largamente utilizada na ciência para tirar o tecidos moles do bicho. Todo zoólogo de vertebrados faz isso. Ou tu acha que aqueles esqueletos no museu foram parar lá como?”, defendeu um internauta. Vários compararam o ritual a outros procedimentos comuns para a preservação de ossos.
Tw restos animais
— Flora (@Florababylon) January 12, 2021
Só um adendo na discussão gente, esses prints ai sao de videos de colecionadores cozinhando restos mortais de animais pra poder soltar a carne do cranio e preservar.
Essa nao é uma pratica “doida” inclusive é muito comum lá fora, religiosamente mais ainda. pic.twitter.com/6iPfL83Tkt
vc acha bizarro pq não faz parte da sua cultura, amor. o nome disso é etnocentrismo, e é possível evitar.
— trixie firecracker (@otavioooscar) January 12, 2021
pra ela, esse ritual é um gesto de amor, carinho e fortalecimento de laços com um ente querido que faleceu.
é só buscar entender, um gesto bem simples.