Azealia Banks desenterra gato morto para ritual e é alvo de críticas e intolerância

Azealia Banks e gato
Rapper fez ritual para preservar os ossos do gato e manter como recordação (Reprodução/@azealiabanks/Instagram)

A cantora estadunidense Azealia Banks se tornou um dos assuntos mais comentados das redes sociais ao publicar imagens de um ritual, que consistiu em desenterrar o gato de estimação do no quintal e fazer um escaldo com o corpo, para conservar sua ossada, nesta terça-feira (12).

“Lucifer 2009-2020. Meu querido gato. Obrigado por tudo. Uma lenda. Um ícone”, escreveu a artista, que postou fotos e vídeos do procedimento. Logo, internautas começaram a estranhar e criticar a atitude de Azealia, apesar do ritual ser comum em algumas culturas e usado como meio de guardar como recordação os restos mortais de um animal.

Alguns usuários alegaram que a rapper estava “fazendo sopa” com o gato morto, e outros afirmaram que ela teria matado o gato para realizar o ritual, apesar de o bichinho ter morrido há três meses. “Eu acho que vou vomitar. (…) Por favor, denunciem a conta deste ser nojento. Ela precisa de ajuda médica, porque isto não é normal”, escreveu um internauta no Twitter.

Intolerância

Por outro lado, as críticas ao ritual praticado pela cantora podem ser uma evidência da intolerância religiosa nas redes sociais. Azealia Banks tem envolvimento com religiões de matriz africana, como a Santería, fundada por escravos cubanos, e o procedimento pode ter sido baseado nas crenças religiosas da cantora.

“Brotaram colocações carregadas de preconceito, e insinuações de que ela estaria fazendo uma sopa com o animal morto há mais de três meses —só que Azealia é vegana. Isso veio das mesmas pessoas que amam comer peru no Natal, um dos maiores sacrifícios animais religiosos que se tem notícia”, escreveu a colunista Andreza Delgado, do UOL, ao apontar o racismo que veio à tona com as críticas a Azealia Banks.

“Isso é uma técnica largamente utilizada na ciência para tirar o tecidos moles do bicho. Todo zoólogo de vertebrados faz isso. Ou tu acha que aqueles esqueletos no museu foram parar lá como?”, defendeu um internauta. Vários compararam o ritual a outros procedimentos comuns para a preservação de ossos.

Edição: Roberth Costa
Sofia Leão[email protected]

Repórter do BHAZ desde 2019 e graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Participou de reportagens premiadas pelo Prêmio Cláudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados, pela CDL/BH e pelo Prêmio Sebrae de Jornalismo em 2021.

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