Caio Castro e Rafa Kalimann postam vídeo de pastor contra relacionamento gay e se retratam

caio castro
Tanto Rafa, quanto Caio, compartilharam vídeo polêmico de pastor evangélico (Reprodução/@caiocastro/Instagram)

O ator Caio Castro e a apresentadora Rafa Kalimann, finalista do BBB20, foram alvo de críticas do público no fim da noite de ontem (30) e na manhã de hoje (31) após compartilharem o trecho de um vídeo em que um pastor diz não ser “a favor do relacionamento” entre pessoas do mesmo sexo. A global apagou o vídeo, enquanto o ator manteve os stories, e ambos pediram desculpas pela rede social.

No vídeo, uma participação do pastor Cláudio Duarte no “Programa Raul Gil”, ele diz: “Eu vivi com um cara que era meu irmão, e ele era gay. Ele tinha uma situação [financeira] melhor que a minha. Eu usava o tênis dele, as roupas dele. Eu não tenho problema nenhum. Eu tenho valores, não vou abrir mão deles. Se você me perguntar se eu acho certo, eu não acho. Mas isso não nos torna inimigos”.

Reações

Após a publicação, os internautas levaram o assunto aos mais comentados do Twitter. “Rafa Kalimann sendo Rafa Kalimann. Me choca? Não. Agora sinto lhe informar que se você não vê problema neste post dela, o problema está em você”, disse uma.

“Além da Rafa Kalimann, Caio Castro também publicou o mesmo e péssimo vídeo… O do ator inclusive ainda se encontra nos Stories”, ressaltou outro. “Rafa Kallimann e Caio Castro usaram o Instagram para compartilhar em seus perfis um vídeo de um pastor dizendo SER CONTRA O CASAMENTO HOMOAFETIVO. É isso mesmo que você leu, Rafa Kallimann e Caio Castro se mostraram CONTRA o casamento gay por não acharem ‘certo'”, escreveu uma usuária.

Retratação

Com a repercussão, Kalimann e Castro se pronunciaram na rede social. A apresentadora disse que seu intuito “era repassar aquilo para aqueles que tratam mal os LGBTs por conta de religião, pra de uma vez por todas isso parar”.

O pedido de desculpas foi publicado, inicialmente, apenas no Twitter, o que gerou mais críticas. “Vem se desculpar no Twitter, onde não postou o vídeo e tem 2,9M, e não no Instagram em que expôs o vídeo e tem mais de 20M de seguidores. Muito deplorável esse pedido de ‘desculpas’, isso sim”, opinou uma usuária.

No final desta manhã (31), a apresentadora decidiu publicar uma nova retratação, desta vez no Instagram. “Quero aqui também me desculpar verdadeiramente pelo vídeo que compartilhei”, começou. “Eu repudio TODO e QUALQUER ato homofóbico! A opinião do vídeo não é minha”.

O ator, que não é muito ativo no Twitter, escolheu publicar seu pedido de desculpas no Instagram. Caio disse ser a favor do casamento homossexual e que compartilhou as afirmações do pastor por pedirem respeito a opiniões divergentes.

Pedido de desculpas do ator (Reprodução/@caiocastro/Instagram)

Rafa x Gil do Vigor

Gilberto Nogueira, ex-participante do BBB 21, que é abertamente gay e cristão, respondeu a retratação de Kalimann. “Rafa, a questão é que ele disse que tem valores e que acha errado MAS RESPEITA e é contra isto que lutamos, contra pessoas que acham que relacionamentos homoafetivos são errados e contra os valores. Sou bicha e tenho valores!. Mas que bom que você apagou e entendeu!”, disse o economista.

Rafa concordou com a fala de Gilberto. “Eu quis direcionar pra quem usa da religião pra desrespeitar. Errei em não ter prestado mais atenção no vídeo. JAMAIS seria essa minha opinião. Eu repudio qualquer ato de homofobia. Errei e apaguei. Desculpas”. Gil finalizou a conversa dizendo que acha “válido e nobre quem reconhece e pede desculpas”.

Homofobia é crime

O STF (Supremo Tribunal Federal) reconheceu, em junho de 2019, que a discriminação por orientação sexual e identidade de gênero é crime. O Brasil é o país que mais mata LGBTs.

Com a decisão da Corte ficou definido o seguinte:

  • “praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito” em razão da orientação sexual da pessoa poderá ser considerado crime;
  • a pena será de um a três anos, além de multa;
  • se houver divulgação ampla de ato homofóbico em meios de comunicação, como publicação em rede social, a pena será de dois a cinco anos, além de multa;
  • a aplicação da pena de racismo valerá até o Congresso Nacional aprovar uma lei sobre o tema.

Nos votos que fizeram durante a sessão, os ministros fizeram ressalvas a respeito de manifestações em templos religiosos. Os espaços não serão criminalizados por dizer que são contra as relações homossexuais. No entanto, não podem incitar ou induzir, mesmo que no interior de suas dependências, discriminação ou preconceito.

Edição: Roberth Costa

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