Marca vende máscaras a R$ 147 e afirma que lucraria apenas R$ 11; web critica ação

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Campanha foi encerrada após repercussão negativa (Osklen/Reprodução)

A marca brasileira Osklen gerou polêmica nas redes sociais após iniciar a venda de máscaras protetoras de grife. As críticas têm relação com o preço dos artigos: um kit com dois itens foi anunciado por R$ 147. Nas redes sociais, muitos encararam o lançamento como uma tentativa abusiva de lucrar em meio a pandemia.

As máscaras contavam com estampas variadas, incluindo frases em inglês, como “Respect and breathe” (respeite e respire). No site da marca, a campanha anunciava que os artigos foram produzidos “bravamente” por suas costureiras. Além disso, a cada kit vendido, a empresa doaria uma cesta básica para a comunidade do Jacarezinho, na zona norte do Rio de Janeiro.

Mesmo com a ação social associada ao produto, o preço ainda foi considerado absurdo por muitos usuários das redes sociais. A empresa chegou a limitar os comentários em seu perfil do Instagram, por causa do grande volume de críticas.

“Um dos comportamentos que a pandemia do coronavírus tem nos feito refletir é sobre o consumo. Qual a necessidade de uma máscara da Osklen custar R$ 147, quando encontra-se fácil no mercado a R$ 5 ou R$ 10? Enquanto milhões padecem sem emprego, sem alimento, sem perspectiva?”, escreveu um usuário do Twitter.

A resposta da empresa

Após toda a repercussão negativa, a Osklen decidiu encerrar a campanha e tirou as máscaras do catálogo. Além disso, publicou, pelas redes sociais, uma justificativa dizendo que lucraria somente 7% do valor do produto, o que equivale a R$ 11 por kit vendido.

Publicou também uma imagem, mostrando como seria distribuído o valor das máscaras. No entanto, a explicação acabou novamente sendo alvo de críticas, já que mostrava que o valor da cesta básica doada seria totalmente custeado pelo cliente, sem a contribuição da empresa.

Mais uma vez, a Osklen teve que voltar atrás e apagou a justificativa das redes sociais. À coluna do Leo Dias, afirmou que a campanha aconteceu após a empresa doar máscaras para hospitais e os clientes pedirem a adição do item ao catálogo. No entanto, decidiram repensar a ideia, após as críticas.

“Independente disso, continuaremos com nossa ação social iniciada em abril de produzir e doar 50 mil máscaras hospitalares para profissionais de saúde”, concluiu a empresa.

Guilherme Gurgel[email protected]

Estudante de Jornalismo na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Escreve com foco nas editorias de Cidades e Variedades no BHAZ.

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