Grávidas não têm maior vulnerabilidade à Covid-19: ‘Elas teriam o mesmo risco da população adulta jovem’

Grávidas não são mais vulneráveis ao novo coronavírus
Grávidas não são mais vulneráveis ao novo coronavírus

Da UFMG

A Covid-19 foi apontada como a causa da morte, no início deste mês, em Recife, de uma fisioterapeuta de 33 anos de idade e 32 semanas de gestação. Uma cesariana de emergência foi feita para retirar o bebê, que foi internado no hospital onde a mulher estava. Pesquisas científicas realizadas em vários países buscam conhecer os riscos que o novo coronavírus acarreta para gestantes, lactantes e bebês. 

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Até o momento, esses estudos não demonstraram que mulheres grávidas sofram maior risco de desenvolverem complicações com a doença causada pelo novo coronavírus. A análise foi feita pelo pesquisador e professor Gabriel Osanan, do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina, durante entrevista concedida ao programa Conexões, da Rádio UFMG Educativa, na última quinta-feira (9).

“Até o momento, as pesquisas não indicaram que mulheres grávidas corram mais riscos do que outras pessoas igualmente saudáveis da mesma faixa etária. Teoricamente, elas teriam o mesmo risco da população adulta jovem”, afirmou o especialista.

No entanto, lembrou o pesquisador, todas as informações sobre o novo coronavírus são, tal qual o próprio vírus, muito novas, o que demanda que especialistas estejam mais atentos a especificidades relativas a esse grupo, tomando alguns cuidados diferenciados.

“Alguns países têm incluído as mulheres grávidas no grupo de maior vulnerabilidade pelo fato de outros vírus, no passado, terem sido mais agressivos para elas”, destacou.

A mãe transmite para o bebê?

Segundo o Gabriel Osanan, ainda não é possível descartar a possibilidade de a gestante, caso esteja infectada pelo coronavírus, transmiti-lo para o bebê. 

Até o momento, observou-se que pacientes com quadros leves da doença não tiveram qualquer complicação na gravidez, como, por exemplo, abortos ou má-formação. “Nos casos mais graves, como ocorre em várias outras doenças que são de maior risco para a mulher grávida, os riscos de aborto, prematuridade e pré-eclâmpsia podem aumentar”, exemplificou.

Reforce a proteção contra o vírus

A SES-MG orienta que a população tome algumas medidas de higiene respiratória para evitar a propagação da doença, são elas:

  • Lavar as mãos frequentemente com água e sabonete por pelo menos 20 segundos, respeitando os 5 momentos de higienização. Se não houver água e sabonete, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool.
  • Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
  • Evitar contato próximo com pessoas doentes.
  • Ficar em casa quando estiver doente.
  • Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo.
  • Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência.

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