Em meio à alta de casos em todo o país, Belo Horizonte ultrapassou a marca de 70 mil infectados por Covid-19 nesta segunda-feira (11). Além disso, de acordo com boletim epidemiológico divulgado hoje, as taxas de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e de enfermaria destinados ao tratamento da doença apresentaram aumento.
Além da ocupação de leitos, a taxa de transmissão da Covid-19 por infectado (RT) também cresceu de sexta-feira (8), quando o último boletim foi publicado pela PBH (Prefeitura de Belo Horizonte), para hoje. O número foi de 1,03 para 1,04, e permanece no nível amarelo, em estado de alerta.
Hoje, a capital mineira registra 70.223 casos confirmados de Covid-19 e 1.956 óbitos em decorrência da doença. A taxa de ocupação de UTIs está em 86,5%, em nível vermelho, que representa estado máximo de alerta. A ocupação de leitos de enfermaria, que também subiu, está em 66,1%, no nível amarelo.
Comércio fechado x Protestos
Em decorrência da alta de casos de Covid-19 em Belo Horizonte, o prefeito Alexandre Kalil (PSD) determinou o fechamento do comércio não essencial a partir de hoje. Apesar disso, comerciantes da capital mineira prometem desrespeitar o decreto estabelecido, e organizaram manifestação na porta da PBH nesta manhã.
“O decreto do Kalil é um absurdo, é lamentável e completamente errado. O prefeito reduziu os leitos para atender os pacientes de Covid-19. A culpa não é nossa, mas dele que é um péssimo gestor. Estamos pagando pelos erros dele. A gente não aguenta mais”, diz Marcus Hofman, presidente do Gare (Grupo de Academias Responsáveis e Éticas) ao BHAZ.
O presidente da Abrasel-MG (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Minas Gerais), Mateus Daniel, cobra da prefeitura a abertura de mais leitos para tratar o novo coronavírus. “A gestão da cidade não poderia ter desmobilizado os leitos. A falta de gestão do Kalil está prejudicando toda cidade. Estamos nesta manifestação lutando para manter os empregos dos nossos funcionários”.